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Superfungo: confira o que se sabe até agora sobre o "Candida auris"

Anvisa alertou sobre a presença do fungo, que apresenta resistência a diversos medicamentos e pode provocar infecções em corrente sanguínea

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Superfungo fatal: confira o que se sabe até agora sobre o Candida auris
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A confirmação do primeiro caso de infecção pelo fungo Candida auris no país, classificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como "uma séria ameaça à saúde pública", causou preocupação em grande parte da população após ser identificado em um paciente internado com Covid-19 na Bahia. Desde 2009, quando a primeira ocorrência foi notificada no Japão, quase 5 mil episódios de contaminação pelo C.auris foram registrados em todo o mundo. 

Segundo a Anvisa, o "superfungo", como é chamado, apresenta resistência a vários medicamentos e pode causar infecção em corrente sanguínea. No entanto, infectologistas asseguram que o Candida auris não se espalha como o novo coronavírus. Confira abaixo o que se sabe até agora sobre o microrganismo.

Saiba mais:

O que é o Candida auris? Quando foi descoberto? 

O Candida auris é um fungo emergente, que costuma colonizar instrumentos, equipamentos e pacientes hospitalizados. Embora tenha sido descoberto em 2009, pouco se sabe sobre o C.auris, já que sua identificação depende de métodos especiíficos e de uma tecnologia complexa, concentrada em laboratórios de microbiologia especializados. 

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), infecções por C.auris ocorreram em vários países, incluindo Japão, Coreia do Sul, Índia, Paquistão, África do Sul, Quênia, Kuwait, Israel, Venezuela, Colômbia, Reino Unido. Estados Unidos e Canadá.

De que forma ocorre a transmissão e como evitar o contágio?

O C. auris sobrevive em ambientes hospitalares e sua a transmissão pode ocorrer após o contato com superfícies, equipamentos e entre pessoas contaminadas. Para evitar a disseminação, especialistas recomendam que o local de internação do paciente seja devidamente higienizado com produtos específicos. 

Quais são os riscos? 

O superfungo provoca infecções de corrente sanguínea, ferida cirúrgica e urinária. Para pacientes do grupo risco que estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou passaram por procedimentos cirúrgicos, o C.auris representa uma ameaça maior. 

Os principais sintomas incluem febre, fadiga e dores musculares e, segundo a Anvisa, o microrganismo é resistente aos principais medicamentos antifúngicos, comumente utilizados para tratar infecções por Candida. 

Como ele foi descoberto no Brasil? 

Na última semana, o fungo foi identificado na ponta do cateter de um paciente internado por complicações da Covid-19 em um hospital da Bahia. Na ocaisão, a equipe médica da unidade de saúde encaminhou as amostras ao Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz (Lacen-BA) e para o Laboratório do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFM-USP), que confirmaram a presença do patógeno. 

Novos testes serão realizados no Laboratório Especial de Micologia da Escola Paulista de Medicina (LEMI?UNIFESP), para verificar a resistência do fungo e o seu sequenciamento genético.
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