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Jovem negro é agredido e acusado de roubo em supermercado

Ele teve uma lesão no olho esquerdo e hematomas pelo corpo. Imagens comprovaram a versão do rapaz que a compra tinha sido feita em outro local

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Alex Júnior Alves de Souza, 28 anos, foi agredido por seguranças do supermercado Guaicuí, na cidade de Várzea da Palma, em Minas Gerais, após um funcionário suspeitar que ele teria roubado uma botina. O caso aconteceu no último sábado (5.dez) e ele prestou queixa com hematomas pelo corpo e uma lesão no olho esquerdo. As imagens da câmera de segurança do local onde ele comprou as botinas mostram o rapaz pagando pela mercadoria e o supermercado emitiu a segunda via do comprovante. 

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Alex relata as agressões: "Eu estou aqui no pronto socorro me recuperando das lesões causadas, devido a um tratamento com racismo, que puseram a minha pessoa, me chamou de negro, ladrão".

Em outro vídeo, ele conta o que aconteceu:
 

De acordo com Artur Fagundes, advogado de Alex, ele teria se dirigido ao caixa para pagar um frango e uma sandália, quando um funcionário questionou sobre as botinas que ele estava calçado. Alex teria dito que as comprou em um outro supermercado. Sem acreditar na versão do rapaz, os funcionários pediram para que ele mostrasse as solas do calçado. Indignado com a situação, o jovem falou alto que estava sendo acusado de furto. Neste momento, o dono do estabelecimento teria se aproximado e Alex tentou explicar a situação. Ele colocou a mão no ombro do homem, que o empurrou e fez um sinal para os seguranças. 

Uma testemunha filmou  Alex sendo arrastado pelo supermercado e um funcionário do local tentou impedir que ela registrasse as imagens. O vídeo foi publicado nas redes sociais.

Ainda segundo o advogado, o rapaz foi levado para um depósito onde as agressões continuaram. Artur afirmou ainda, que os funcionários deixaram Alex trancado na sala enquanto foram até o supermercado Líder, local onde ele teria comprado a botina, para comprovar a versão do rapaz.

Imagens de câmeras de segurança e uma segunda via da nota fiscal comprovaram que Alex teria mesmo feito a compra no local.

A equipe do SBT News entrou em contato com o dono do supermercado Guaicuí, mas não obteve retorno.

O fato retoma a discussão do racismo estrutural, há quase um mês do assassinato do João Alberto, de 40 anos, na sede do Carrefour em Porto Alegre.





















 

Reprodução das imagens da câmera de segurança comprovam o momento em que o rapaz comprou as botinas
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