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Brasil

Pesquisa mostra que negros podem receber 30% menos que brancos

Diferenças salariais no mercado de trabalho evidenciam perversidade do racismo estrutural no Brasil

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Homem negro segurando carteira de trabalho
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No mês da consciência negra, o abismo social entre pretos e brancos no Brasil se mostra em dados nada animadores e mostram o quão desigual são as oportunidades para aqueles que são mais da metade da população.

Em um lugar com milhões de desempregados e cada vez mais pessoas caindo na informalidade por conta da pandemia de coronavírus, as discrepâncias são evidentes. No trabalho, negros recebem até 30% menos que brancos, mostrando mais um lado perverso do racismo estrutural no país. O dado é de uma pesquisa exclusiva obtida pelo SBT Brasil.

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O levantamento aponta que negros em todos os níveis de trabalho recebem salários menores que brancos. Em cargos altos, como de diretoria, a diferença chega nesses 30%. Coordenadores negros recebem 22% menos, enquanto um especialista graduado obtém uma quantia salarial 13% menor. 

Cargos de analista ou especialista técnico tem uma diferença salarial de 10%, e negros também recebem menos nas funções de assistente e operacional (-5%).

Mesmo os profissionais negros com doutorado recebem -15% menos que brancos. O mesmo e aplica para MBA (22%) e mestrado (23%). Os outros graus de ensino também estão nessa triste estatística.

Para reverter esse quadro, iniciativas negras têm dado gás a negros de todo o país, de modo a fomentar uma economia não excludente. O movimento Black Money, por exemplo, coloca o dinheiro negro para girar na comunidade, de modo a ser uma rede de apoio empreendedora e de inclusão financeira para negros que, pelos dados acima, não tem as mesmas oportunidades.

A pesquisa foi feita entre agosto e outubro com aproximadamente 10 mil trabalhadores em todo o país.
 
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