Brasil
Entre os 13,6 milhões de extremamente pobres, 4 em cada 10 são mulheres pretas ou pardas
Levantamento do IBGE mostra acentuação da desigualdade social no Brasil
Bruno Viterbo
• Atualizado em
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Mais uma Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra as disparidades cada vez maiores no Brasil, com forte acentuação nos últimos anos.
De acordo com o levantamento, divulgado quinta-feira (12), na base social da desigual pirâmide brasileira estão as mulheres pretas ou pardas. Elas, muitas vezes mães solteiras e sem emprego, fazem parte dos 13,6 milhões de pessoas que viviam na extrema pobreza em 2019. Deste montante, 4 em cada 10 extremamente pobres são mulheres pretas ou pardas.
Outra diferença que expõe as diferenças sociais no Brasil está no Nordeste. A região concentra 69% dos extremamente pobres, e o Norte aumentou a proporção quando os dados são comparados com 2018. A definição é medida pelo IBGE quando o brasileiro ganha 1,90 dólar por dia ou até R$ 151 por mês.
"O Brasil deve propor políticas públicas distributivas que possam ser integradas aos programas sociais do governo federal, sobretudo aqueles de erradicação da pobreza, diminuição da fome e criação de infra social", explica André Curtim, professor de economia da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Números que, quando atualizados para 2020, sentirão o impacto da pandemia de coronavírus que derrubou a economia, explicitou (ainda mais) desigualdades e vitimou mais de 160 mil brasileiros.
De acordo com o levantamento, divulgado quinta-feira (12), na base social da desigual pirâmide brasileira estão as mulheres pretas ou pardas. Elas, muitas vezes mães solteiras e sem emprego, fazem parte dos 13,6 milhões de pessoas que viviam na extrema pobreza em 2019. Deste montante, 4 em cada 10 extremamente pobres são mulheres pretas ou pardas.
Outra diferença que expõe as diferenças sociais no Brasil está no Nordeste. A região concentra 69% dos extremamente pobres, e o Norte aumentou a proporção quando os dados são comparados com 2018. A definição é medida pelo IBGE quando o brasileiro ganha 1,90 dólar por dia ou até R$ 151 por mês.
Saneamento básico das cidades será desafio prioritário para novos prefeitos
Uma quantia que traz de volta palavras como "geladeira vazia", "dinheiro curto" e "fazer milagre". O desemprego é outro fator determinante: em 2014, quando o Brasil atingiu os menores índices de desempregados, os extremamente pobres eram 4,5% da população."O Brasil deve propor políticas públicas distributivas que possam ser integradas aos programas sociais do governo federal, sobretudo aqueles de erradicação da pobreza, diminuição da fome e criação de infra social", explica André Curtim, professor de economia da Universidade Federal do Pará (UFPA).
4 em cada 6 trabalhadores estavam na informalidade em 2019, diz IBGE
Atualmente, o Brasil soma 14 milhões de desempregados, com uma taxa de 14,4%. Os subutilizados, que inclui também os empregados que gostariam e poderiam trabalhar mais horas e desalentados, o número é ainda maior: 33,3 milhões de brasileiros.Números que, quando atualizados para 2020, sentirão o impacto da pandemia de coronavírus que derrubou a economia, explicitou (ainda mais) desigualdades e vitimou mais de 160 mil brasileiros.
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