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Violência racial é maior em bairros ricos e brancos, mostra relatório

Relatório mostra diferenças em SP. Bairros periféricos tem menos casos de racismo, mas concentram maior população preta e parda e homicídio de jovens

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Favela de Paraisópolis, em São Paulo
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Enquanto os casos de racismo e injúria racial são cada vez mais expostos - e, muitas vezes, impunes - a relação entre renda e moradia mostra que as incidências do tipo se concentram em regiões mais abastadas, enquanto as periferias registram números menores.

Por outro lado, a população preta e parda está concentrada nas periferias da cidade de São Paulo, enquanto o centro e regiões ricas possuem menor proporção.

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Os dados foram revelados pelo Mapa da Desigualdade, relatório divulgado pela Rede Nossa São Paulo na quinta-feira (29). O número total de pessoas vítimas de racismo e injúria racial aumentou 60% na capital paulista entre 2016 e 2019.

A título de comparação, Moema é o que tem menor proporção de pretos e pardos: 5,8% da população. Já o Jardim Ângela, na periferia da Zona Sul paulistana, tem de 60,1% de pretos e pardos, 10,3 vezes mais.

Quando o assunto é violência racial, a proporção se inverte: o bairro de Moema, um dos mais ricos da cidade, tem um coeficiente de vítimas do tipo para cada 10 mil habitantes de 4,8, enquanto o Jardim Ângela anota 0,6. Um número oito vezes menor.

Bairros como Jardim Paulista, Pinheiros e Santo Amaro também aparecem nessa proporção: menor número de pretos e pardos, mas que concentram mais casos de violência racial. 

Os dois primeiros também não registraram nenhum homicídio de jovens, assim como Perdizes, Itaim Bibi e Consolação, bairros mais brancos ou amarelos. 

No caminho inverso, distritos mais pretos e pardos, como Grajaú e Parelheiros, tem menos incidências de racismo. Ao mesmo tempo, bairros com mais pretos e pardos tem maiores índices de homicídio de jovens, como Cidade Tiradentes e Brasilândia.
 
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