Fávaro diz que Lula ligou e descartou troca no Ministério da Agricultura
Ministro da pasta conversou com o SBT News durante a Expointer 2023
Paulo Sabbadin
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, esteve nesta 5ª feira (31.ago) na Expointer 2023, em Esteio, no Rio Grande do Sul, e conversou com a equipe do SBT News, que acompanha o evento.
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Fávaro valorizou o trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para retomar as relações diplomáticas do Brasil e minimizou as críticas pelo alto número de viagens para o exterior.
"O presidente Lula tem como prioridade restabelecer as boas relações diplomáticas brasileiras, fez 16 viagens em oito meses, já tem mais uma viagem programada agora pra Índia, pra assumir o G20. Aqui os ministros estão tocando e ele está restabelendo as relações diplomáticas amistosas, e aí atrás a gente vem abrindo as relações comerciais", disse.
Segundo o ministro, ao retornar, o presidente cumprirá uma série de agendas no Brasil, incluindo eventos do agronegócio, como a Agrishow 2024.
Sobre a pressão política sofrida recentemente, inclusive do presidente da Câmara, Arthur Lira, Carlos Fávaro revelou que recebeu uma ligação do presidente Lula, que garantiu sua permanência no cargo.
"Natural, esse é o jogo da política, busca de espaços, ninguém tem garantia autônoma no cargo, o único que tem é o presidente Lula e o vice-presidente Alckmin, que foram eleitos pelo voto popular legítimo, e todos os outros ministros estão aí de forma colaborativa. Quero continuar trabalhando, o presidente já me ligou, falou que não tem em hipótese nenhuma troca no Ministério da Agricultura, mas independente disso ele tem sempre o cargo a disposição para que ele possa fazer as mudanças necessárias em qualquer um dos 38 ministérios", disse o ministro.
Fávaro também falou sobre a execução do Plano Safra, que ele classificou como o maior da história: "nós temos todos os recordes sendo batidos nesse Plano Safra. Ele começou com R$ 435 bilhões entre agricultura familiar e agricultura empresarial".
"Já nos primeiros meses esses valores foram acrescidos, tanto recursos a mais oferecidos pelo BNDES, o próprio governo federal, o presidente Lula liberou um pouco mais de recursos pra agricultura familiar. Nós já estamos perto de R$ 450 bilhões, em 21 instituições financeiras, bastante democratizado, esparramado em todas as regiões brasileiras", completou Fávaro.
Questionado sobre a produção de fertilizantes, o ministro afirmou que o Brasil não deseja ser autossuficiente, mas diminuir a dependência de outros países sem afetar as relações diplomáticas.
"A boa relação diplomática e comercial é uma relação de troca, de compra e venda, não é só vender. Se tem países parceiros, que nós temos relações comerciais, que tem capacidade técnica e produtos de boa qualidade com preço competitivos, o Brasil tem que comprar. Não podemos ficar no estágio que estamos hoje, de altamente dependentes de importação de fertilizantes", afirmou.
