Fetag RS pede política agrícola permanente
Presidente afirma que Plano Safra não traz previsibilidade necessária para investimentos
Raissa Lomonte
O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul (FETAG-RS), Carlos Joel da Silva, em entrevista ao SBT Agro, durante a Expointer 2023, reivindica uma política agrícola permanente. Ele afirma que o Plano Safra não taz uma previsibilidade necessária para os investimentos.
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A agricultura familiar do Rio Grande do Sul conta com cerca de 380 mil propriedades rurais que fornecem todo o tipo de alimentos da para as cidades. Nessa modalidade se encaixam espaços com até 80 hectares de terra. É um setor extremamente desenvolvido, com investimentos em maquinários de pequeno porte e boa genética, no caso de pecuaristas, como destaca o presidente da federação.
"Eles produzem de igual para igual em quantidade de produção por hectare, não perde nada para uma patronal, porque eles investem muito", comparou. Mas em alguns casos o investimento não tem valido a pena, como na produção de leite. Segundo o representante da FETAG, praticamente todos os municípios do estado contam com essa atividade que em anos anteriores ajudava a fixar as famílias no campo.
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"É um dilema muito grande. Nós temos o Mercosul. Aqui ao lado, a Argentina, o Uruguai. O leite está entrando aqui a em torno de R$ 6 mais barato que o nosso, por 1 kg de leite em pó. Para nós, hoje a importação não é favorável e está matando a cadeia do leite no Estado do Rio Grande do Sul", lamentou.
Uma das soluções em discussão pela FETAG seria a criação de uma política pública permanente que perdurasse independente do mandato de gestões federais. "Vivemos de pacote agrícola que inicia em julho. O agricultor tem que fazer um investimentos para pagar em sete anos, por exemplo. Ele precisa ter essa segurança", disse. Ainda segundo a FETAG, essa será a prioridade da instituição no médio e longo prazo.
Confira a entrevista completa para Raissa Lomonte do SBT Agro
