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Maior cafezal urbano do mundo atrai público recorde: 3 mil pessoas

Evento em São Paulo marca o início da colheita de café no estado

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No último sábado (27.mai), a Vila Mariana, em São Paulo, recebeu o "Sabor da Colheita". O evento marca o início da colheita de café no estado. Cerca de três mil pessoas visitaram o maior cafezal urbano do mundo e tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre história e educação ambiental.

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Em sua 16ª edição, o evento "Sabor da Colheita" reuniu apreciadores de café, produtores do setor e recebeu famílias que viveram uma experiência imersiva, que vai da colheita dos frutos maduros no cafezal até a degustação dos melhores cafés do país.

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A visita é marcada por experiências imersivas em meio ao cafezal | Divulgação

A festa da colheita ocorreu dentro do Instituto Biológico (IB), órgão da secretaria estadual de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, localizado nos arredores do Parque Ibirapuera, na Vila Mariana, bairro da capital.

O local abriga uma lavoura aberta à visitação pública e é considerado o maior cafezal urbano do mundo. Atualmente, a plantação possui cerca de mil pés de café das variedades "Mundo Novo" e "Catuaí" e outros 1,5 mil pés de seis variedades desenvolvidas pelo instituto.

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O público pode desde colher os grãos até saborear dos melhores cafés do país | Divulgação

Segundo a pesquisadora científica do Instituto Biológico, Harumi Hojo, o café está no instituto como uma memória à sua criação.

"O Instituto Biológico foi criado para resolver o problema da broca-do-café, um tipo de inseto que se insere no interior do grão, e é por isso que temos aqui o cafezal: para preservar essa memória. Desde então, a plantação tem sido um instrumento de divulgação da cafeicultura, técnicas sustentáveis no manejo, educação ambiental e promoção de uma vivência única de visitação a uma cultura de café em área urbana".

Ao longo dos anos, diversas práticas agrícolas sustentáveis são testadas no cafezal, como aproveitamento da matéria orgânica da cultura, uso de biofertilizantes e outros bioprodutos para o controle de pragas e doenças. "A ideia foi transformar em um cafezal orgânico, buscamos alternativas por meio de controle biológico e sem usos de defensivos", afirma Harumi. Em 2020, com a parceria com a Nestlé, essas práticas foram diversificadas.

"O desafio era fazer uma renovação do cafezal. Para isso, plantou-se outras variedades de café, por meio de sugestões do Instituto Agronômico, que tem variedades recomendadas para uma cultura orgânica por serem mais resistentes", afirma a pesquisadora.

Entre as novas ações, está o levantamento da presença de polinizadores no cafezal. O aumento é decorrente tanto das práticas de manejo no cafezal e no entorno, com o plantio de plantas atrativas para insetos que dispersam pólen.

Além disso, o entorno das plantações também abriga caixas com abelhas sem ferrão. "Foram inseridas armadilhas de diferentes cores e alturas para ver se conseguíamos coletar as abelhas ou outros insetos polinizadores na época de floração. Fotografamos cada inseto para saber quais são os polinizadores coletados", completa Harumi Hojo.

O secretário-executivo de Agricultura e Abastecimento, Marcos Renato Böttcher, participou do evento e ressaltou que práticas agrícolas sustentáveis estão entre as prioridades da pasta. "A agricultura não degrada o meio ambiente, a produção sustentável favorece uma sociedade mais próspera e transformadora", disse o secretário.

As visitas ao cafezal são liberadas ao longo de todo o ano para grupos de até 30 pessoas e devem ser agendadas pela internet, no e-mail cafezalurbanoib@biologico.sp.gov.br.

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