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Saúde

Brasil registra primeira morte por câncer raro ligado a implantes de silicone

Paciente morreu quase 10 meses após receber diagnóstico; especialistas ressaltam a importância da prevenção e do acompanhamento regular

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O Brasil registrou o primeiro caso de carcinoma espinocelular ligado ao uso de implantes de silicone nas mamas (BIA-SCC), um tipo de câncer extremamente raro.

A paciente, uma mulher de 38 anos, colocou próteses aos 20 anos e descobriu a doença após notar dor e aumento repentino da mama. Embora uma cirurgia para retirada do implante e da cápsula fibrosa ao redor do silicone tenha sido realizada, ela morreu cerca de 10 meses após o diagnóstico.

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O caso foi investigado pela equipe do Hospital de Amor, em Barretos (SP), e detalhado em um estudo publicado em julho na revista científica Annals of Surgical Oncology (em tradução livre para português, Anais de Oncologia Cirúrgica). Na pesquisa, ainda foram analisados os outros 16 registros semelhantes da doença no mundo.

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Segundo a análise do mastologista Idam de Oliveira Júnior, coordenador da pesquisa e do Departamento de Mastologia e Reconstrução Mamária do Hospital de Amor, embora o tumor apareça na região da mama, não se trata de câncer de mama.

“O tumor do silicone se desenvolve nas células da cápsula fibrosa que o corpo forma ao redor do implante, e não nas glândulas mamárias, apresentando comportamento diferente dos cânceres de mama”, explica o especialista.

Casos como esse são raríssimos e ainda não existe um padrão definido para diagnóstico, classificação da doença, tratamento cirúrgico ou acompanhamento da sobrevida dos pacientes. Por isso, especialistas reforçam a importância de exames preventivos regulares. Qualquer dor, inchaço ou acúmulo de líquido ao redor do implante deve ser investigado imediatamente.

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