Áudio revela deboche de caminhoneiro que matou casal de seguranças
Crime foi registrado no Paraná; família de homem preso tem histórico de violência
A reportagem do SBT teve acesso a áudios que o caminhoneiro preso após matar um casal de seguranças enviou logo depois de cometer os assassinatos. O crime foi registrado em Guarapuava (PR), no último sábado (23), após uma briga em uma loja de conveniência.
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Na conversa, Rodrigo Neumann Pires diz, em tom de ironia e deboche, que saiu para beber, não ofendeu ninguém e que a segurança o agrediu com um tapa na cara. “Segurancinha, e eu sou forte, né”, e ri.
“Aí veio o caboclo que era marido dela, depois que eu matei, que contaram eu era um casal. Veio o caboclo e me cobriu no cacetete. Eu sentado no chão, cara. Falei ‘você tem certeza do que está fazendo? O que eu te fiz?’. E ele: ‘cala a boca, vagabundo’”, relatou o atirador, prosseguindo dizendo que foi agredido. “Eu levantei do chão e falei: ‘você assinou sua certidão de óbito’”, completou o criminoso.
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Câmeras de monitoramento registraram o início da briga. Nas imagens é possível ver o caminhoneiro com o casal de seguranças, aparentemente conversando, até que Wanderley Antonio de Lima dá uma cotovelada no homem. Depois, uma confusão generalizada. Rodrigo chegou a cair e Wanderley o chutou.
O agredido saiu do local e voltou após alguns minutos, armado e com um cigarro na boca. Em outro ângulo, a câmera registrou os disparos contra o casal de vigilantes. O caminhoneiro também disparou contra uma outra pessoa que estava na calçada.
Dentro da loja, Rodrigo ainda atirou à queima-roupa. A mulher foi a primeira a ser atingida, após o marido se colocar na linha de frente dos tiros. Wanderley foi atingido na sequência, na cabeça, morrendo na hora.
Após enviar o áudio em tom de deboche, o atirador afirmou que se despediu da família e pegou a arma para pegar o casal. “Peguei meu revólver, voltei lá e mandei os dois pro inferno”, confessou.
Depois do crime, o atirador fugiu, mas foi logo preso em uma região de mata na cidade. Em depoimento, confessou novamente o crime e entregou a arma usada nos assassinatos.
A família do criminoso tem histórico de agressões, mesmo fora do estado do Paraná. Uma câmera de monitoramento registrou um homem partindo para cima do outro, com um facão, dando vários golpes. O autor do ataque é irmão de Rodrigo, Gilberto Neumann. O caso ocorreu em Barcarena, interior do Pará, em agosto de 2022 e ainda não foi resolvido: Gilberto foi solto e responde o processo em liberdade.