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Rússia ameaça retaliação contra Europa se ativos congelados forem usados para financiar Ucrânia

Kremlin afirma que confiscar seus bens congelados equivaleria a roubo e promete agir “de todas as formas possíveis” contra países europeus e instituições da UE

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Fachada do Kremlin, na Rússia | Reprodução
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A Rússia alertou, nesta segunda-feira (15), que irá atrás de qualquer país europeu que tentar confiscar seus bens, após relatos de que a União Europeia está cogitando a ideia de gastar bilhões de dólares em ativos russos congelados para ajudar a Ucrânia.

Desde a invasão russa em 2022, os Estados Unidos e seus aliados proibiram transações com o Banco Central e o Ministério das Finanças da Rússia. Além disso, congelaram entre US$ 300 bilhões e US$ 350 bilhões em ativos soberanos do país, em sua maioria títulos europeus, americanos e britânicos, mantidos em um depósito de títulos europeu.

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Segundo a agência de notícias Reuters, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defende que a UE busque novas formas de apoiar a defesa ucraniana, aproveitando os saldos de contas vinculadas a investidores russos congelados na Europa.

Uma das propostas em estudo, segundo o site Politico, seria utilizar depósitos da Rússia no Banco Central Europeu, resultantes de títulos vencidos, para financiar um “empréstimo de reparação” destinado a Ucrânia.

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A possibilidade, no entanto, gerou forte reação do país. Em publicação no Telegram, o ex-presidente russo Dmitry Medvedev ameaçou que, se a medida for adotada, a Rússia “perseguirá os Estados da UE".

"Se isso acontecer, a Rússia perseguirá os Estados da UE, bem como os degenerados europeus de Bruxelas e os países individuais da UE que tentam se apoderar de nossa propriedade, até o final do século", escreveu.

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Medvedev, que hoje é vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, afirmou ainda que Moscou processará “de todas as formas possíveis”, recorrendo a tribunais nacionais e internacionais ou mesmo “fora deles”.

O Kremlin sustenta que qualquer apreensão de seus ativos seria um ato de roubo por parte do Ocidente e minaria a confiança internacional em títulos e moedas dos Estados Unidos e da Europa.

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