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Relação do novo papa com o Brasil reforça laços históricos entre o país e o Vaticano

Leão XIV, que já celebrou missa na zona leste de São Paulo e visitou Aparecida, mantém a tradição de proximidade entre o Brasil e os pontífices

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Muito antes de ser escolhido como líder máximo da Igreja Católica, o cardeal Robert Francis Prevost — agora papa Leão XIV — já havia marcado presença em solo brasileiro. Em 2012, ele celebrou uma missa na Paróquia São Carlos Borromeu, na zona leste de São Paulo, onde era conhecido por sua simplicidade e proximidade com os fiéis.

“Eu mandei as fotos no grupo dos padres e um deles até perguntou se era montagem com inteligência artificial”, contou, em tom bem-humorado, o padre Tarcísio Mesquita, responsável pela paróquia. Na época, Prevost era superior geral da Ordem de Santo Agostinho e visitava comunidades ligadas à congregação no Brasil. O cálice utilizado por ele naquela celebração ainda está guardado na igreja.

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A relação do novo pontífice com o Brasil não parou por aí. Em 2013, ele também esteve no Santuário Nacional de Aparecida, no interior paulista. Uma nova visita ao local chegou a ser planejada recentemente, durante a Assembleia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, mas foi cancelada após a morte do papa Francisco. “Estava tudo certo. Seria uma alegria recebê-lo novamente, agora como cardeal. E agora vê-lo papa, é ainda mais emocionante”, afirmou um dos padres do santuário.

A relação entre os papas e o Brasil é longa e cheia de significados. João Paulo II, por exemplo, dedicou o altar da Capela dos Apóstolos em Aparecida, em julho de 1980. A casula que ele usou na celebração está em exposição no museu do santuário. Já Bento XVI celebrou missa em Aparecida em 2007 — o cálice e a cadeira usados por ele também permanecem preservados no local. Francisco esteve ali pela última vez em 2013, durante a Jornada Mundial da Juventude.

Para muitos fiéis, a eleição de Leão XIV reacende a esperança de uma nova visita papal ao país. “Acredito que ele venha sim, é da mesma linha do Francisco, muito próximo do povo”, disse o empresário Vicente Flávio. A engenheira Marcela de Oliveira também compartilha da expectativa: “Estamos na espera, tomara!”.

Entre os que conhecem de perto o novo pontífice está o teólogo peruano César Piscoya, amigo pessoal de Prevost desde 1997. “Ele chegou a ir à minha casa. Consolou minha mãe, me ajudou a arrumar minhas coisas. Compartilhamos sonhos e conversas sobre a vida. Ele acredita em uma Igreja de comunhão”, contou. “Hoje, posso dizer que abracei um papa.”

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Ainda sem data oficial para retornar ao Brasil, Leão XIV herda não apenas o legado pastoral de Francisco, mas também os laços históricos de afeto e espiritualidade que unem o Vaticano ao país com o maior número de católicos do mundo.

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