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Chile vai às urnas neste domingo (14) em segundo turno de eleição polarizada

Votação elegerá, até as 18h, José Antonio Kast (Republicano) ou Jeannette Jara (Comunista); candidato da extrema-direita é favorito

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Pela primeira vez desde 2012, as eleições são obrigatórias para os chilenos. | Reprodução/Reuters
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Os chilenos vão às urnas neste domingo (14) para um segundo turno presidencial que tem dividido profundamente o país, com o candidato da extrema-direita, José Antonio Kast, favorito para derrotar a esquerdista Jeannette Jara, do Partido Comunista. Eleitores tem até as 18h para votar.

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A eleição ocorre em um momento de forte polarização, com eleitores expressando visões bastante distintas sobre o futuro do país. Kast, ex-deputado do Chile, ficou em segundo lugar no primeiro turno, em novembro, mas é esperado que vença ao consolidar os votos de outros candidatos de direita eliminados.

Jara fez campanha destacando seu histórico de avanços na reforma da Previdência e na redução da jornada de trabalho durante o governo do atual presidente Gabriel Boric (Partido Comunista). Mas ela tem enfrentado dificuldades diante da impopularidade de Boric e do ceticismo em relação à sua filiação ao Partido Comunista em um país ainda marcado pela memória da ditadura de Pinochet.

A campanha de Kast ganhou força com seu discurso duro sobre imigração e criminalidade, uma mudança em relação à sua derrota apertada para Boric em 2021. Sua vitória representaria a maior mudança política do Chile em décadas e reforçaria a crescente onda de governos de direita na América Latina, em um contexto em que a indignação com a criminalidade e a migração substituiu, para muitos eleitores, as demandas por maior igualdade.

Primeiro turno

No primeiro turno, a candidata comunista venceu com 3.476.554 votos (26,85%). O segundo colocado, José Kast, teve 3.097.685 votos (23,92%). O republicano é candidato pela terceira vez e foi derrotado por Gabriel Boric há quatro anos.

O pleito foi bastante disputado, com os candidatos da direita e centro-direita Franco Parisi, Evelyn Matthei, Harold Mayne-Nicholls, Marco Enríquez-Ominami e Eduardo Artés na disputa, e nenhum deles atingindo mais de 50% dos votos para definir a eleição em um único turno.

O tema da segurança pública tem dominado os debates eleitorais, impulsionado pelo aumento da criminalidade no país. Nesse cenário, pesquisas de intenções de voto apontam para uma possível vitória da direita no segundo turno.

Pela primeira vez desde 2012, as eleições foram obrigatórias para os chilenos. Cerca de 15 milhões de eleitores participaram do pleito.

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