Ataque israelense em Rafah, último refúgio de Gaza, deixa mais de 40 mortos
Recém-nascido de apenas cinco dias está entre vítimas; dezenas de pessoas ficaram feridas
Camila Stucaluc
Ao menos 40 pessoas foram mortas em um ataque israelense na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, na madrugada desta segunda-feira (29). Segundo o Ministério de Saúde local, entre as vítimas estão seis mulheres, quatro crianças e um recém-nascido de apenas cinco dias. O bombardeio também deixou dezenas de feridos.
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Este não é o primeiro ataque de Israel em Rafah, que abriga 1,5 milhão de palestinos. As tropas estão aumentando os bombardeios aéreos na cidade desde fevereiro, quando o governo anunciou uma futura ofensiva militar no local.
A ação, considerada necessária por Israel para derrotar o grupo extremista Hamas, é repudiada por líderes e organizações internacionais, que temem uma “carnificina”. No domingo (28), o governo dos Estados Unidos – um dos maiores aliados de Israel –, por exemplo, voltou a reiterar “sua posição clara” contra a invasão em Rafah.
“O presidente [Joe Biden] e o Primeiro-Ministro [Benjamin Netanyahu] discutiram Rafah e o presidente reiterou a sua posição clara. Os líderes também discutiram aumentos na entrega de assistência humanitária a Gaza, incluindo através dos preparativos para a abertura de novas passagens no norte a partir desta semana”, informou a Casa Branca.
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A guerra entre Israel e Hamas, em Gaza, está perto de completar oito meses. A ofensiva israelense já deixou mais de 35 mil mortos, segundo o Ministério da Saúde local, além de 79 mil feridos. A situação humanitária também é crítica na região, com quase todos os moradores sofrendo de insegurança alimentar aguda grave.