Presidente do Banco Asiático se reúne com Lula e diz que não há "restrição" para investir no Brasil
"Contanto que tenhamos bons projetos, vamos investir", disse Jin Liqun
Raphael Felice
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o presidente do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB), Jin Liqun, nesta segunda-feira (4), no Palácio do Planalto. Após o encontro, o chefe do banco afirmou que pretende ampliar os investimentos da instituição financeira no Brasil.
Segundo Jin Liqun, o AIIB realizou apenas três projetos no Brasil no valor de US$ 350 milhões, o que segundo ele “é muito pouco”. Também participaram da reunião o ministro da Fazenda, Fernando Haddad e Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o Banco dos Brics.
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“Prometemos fazer mais para melhorar a conectividade com a Ásia, que poderá ser um grande parceiro para o Brasil nas décadas futuras. A Ásia seria um parceiro econômico muito importante para o Brasil e outros países da América Latina. Portanto, estamos comprometidos em trabalhar com o governo para melhorar a conectividade, a mitigação e adaptação às mudanças climáticas e o desenvolvimento do setor privado”, disse o Liqun em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
O banqueiro chinês disse que ainda não há projetos específicos para a realização dos investimentos, mas que não há “restrição” de capital para investir, desde que sejam “bons projetos”.
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“Não temos restrições de capital. Contanto que tenhamos bons projetos, forneceremos financiamento. E disse que queremos projetos de grande porte. Até agora, fizemos projetos não muito grandes. Mas se houver um grande projeto de infraestrutura, como uma ferrovia importante para o seu país, ou se houver projetos de conectividade indo ao Oeste para alcançar o Pacífico, acho que para nós não é problema”, disse,
Ele também informou que o AIIB tem interesse em investir na infraestrutura brasileira como portos, aeroportos, infraestrutura, ferrovias e portos. Além da intenção em liberar verbas para os setores de conectividade e energias renováveis.
Liqun também comentou sobre a presidência do Brasil no G20 e sobre a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP 30, que será realizada em Belém (PA).
“Se houver algo que possamos fazer, este Banco pode fazer por vocês, ficaremos mais do que felizes. Será uma grande honra e privilégio fazer coisas para o povo brasileira”, disse Jin Liqun.
Reunião com diretora-geral do FMI
Antes do encontro com Jin Liqun, Lula se reuniu com a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva. A autoridade do FMI não deu entrevista após a conversa com Lula, mas ao sair formou um coração com as duas mãos e disse que era “para o Brasil”. Dilma e Haddad também participaram do encontro.