Dólar cai após decisões de juros nos EUA e no Brasil; Ibovespa também reage ao cenário político e econômico
Moeda americana apresentou volatilidade no início da noite de ontem, mas abriu o dia em queda, enquanto o Índice da Bolsa apresentou mais um recorde histórico

Duda Gomes
com informações da Reuters
O dólar à vista abriu esta quinta-feira (18) em queda em relação ao real, após o Federal Reserve, Banco Central dos EUA, reduzir os juros para 0,25% e o Banco Central do Brasil manter a Selic em 15% ao ano, reforçando a mensagem de permanência da taxa no atual nível por período prolongado.
Às 9h07, o dólar à vista cedia 0,42%, aos R$5,2795 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,57%, a R$5,2960.
Na quarta-feira (17), antes da decisão sobre juros o Banco Central, o dólar à vista fechou em leve alta de 0,06%, aos R$5,3019.
O Banco Central fará às 11h30 leilão de até 40.000 contratos de swap cambial — uma troca de fluxos financeiros, com taxas diferentes entre órgãos econômicos, para evitar maior volatilidade do mercado e prejudicar a moeda brasileira — tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2025. + Banco Central mantém taxa básica de juros em 15%
Ibovespa
No fechamento de quarta-feira (17), o Ibovespa atingiu sua máxima histórica e chegou a 145.593,63 pontos, uma alta de 1,06% em relação ao último pregão. O principal índice da Bolsa Brasileira superou às expectativas do mercado e reagiu às decisões do Fed e do BC. Além disso, os investidores também ficaram atentos ao resultado da pesquisa Genial/Quaest sobre as eleições de 2026.
O levantamento aponta que o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganharia em um possível segundo turno em um cenário contra Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 43% das intenções de voto, contra 35% do atual governador de São Paulo. + Fed corta juros pela primeira vez em 2025 e sinaliza novas reduções
Em um cenário de disputa com Ciro Gomes (PDT), Lula teria 40% das intenções de voto, enquanto o ex-ministro teria 33%. Em uma possível disputa contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, o petista sairia na frente com 47% contra 34% do candidato do PL.
Nesta quinta-feira (18) o mercado permanece atento aos desdobramentos do voto pela anistia na Câmara dos Deputados, que foi votado com urgência na casa e tem como principal intuito perdoar ou reduzir penas dos envolvidos na tentativa de golpe do 8 de janeiro de 2023. Os resultados também refletem a decisão da PEC da Blindagem, votado na terça-feira (16), liderada por Hugo Motta (Republicanos-PB).
As atenções permanecem no cenário econômico mundial, principalmente para as bolsas americanas e europeias.