"Coreia do Norte está prestes a fornecer armas à Rússia", diz inteligência britânica
Governo estima que cerca de mil contêineres com munições estejam chegando ao oeste de Moscou
O Ministério da Defesa do Reino Unido alertou, nesta 5ª feira (26.out), que a Coreia do Norte está prestes a fornecer munições e armas à Rússia. O cenário, já temido pela comunidade internacional anteriormente, permitirá que Moscou reabasteça os estoques armamentistas, fortalecendo as tropas militares em meio à guerra contra a Ucrânia.
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"Apesar da rejeição oficial da Rússia aos relatórios recentes, é quase certo que as munições norte-coreanas estão quase chegando aos depósitos de munição no oeste da Rússia. Se a Coreia do Norte mantiver a escala e o ritmo recentes de embarques militares [mais de 1.000 contêineres por semana], estará a caminho de se tornar um dos fornecedores de armas estrangeiros mais significativos da Rússia, ao lado de Irã e Belarus", disse a pasta.
A inteligência britânica afirmou ainda que não está claro o que a Rússia concordou em fornecer à Coreia do Norte em troca dos pacotes militares. A suspeita é que a troca englobe uma mistura de compensação financeira, além do fornecimento de tecnologia militar e cooperação em outras áreas de alta tecnologia, como a corrida espacial.
Caso os envios se concretizem, a Coreia do Norte irá tirar a Rússia do isolamento imposto pelos países ocidentais, resultando em uma nova fase da ofensiva na Ucrânia. Isso porque o baixo estoque de munições das tropas russas está fazendo com que o exército ucraniano ganhe espaço na contra-ofensiva para recuperar os territórios ocupados. Com os novos envios, no entanto, as forças russas devem se fortalecer, aumentando o desafio para Kiev.
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Além disso, o fornecimento de armas também traria um alívio aos cofres russos, uma vez que, atualmente, os gastos do governo estão se concentrando cada vez mais na guerra. A proposta de orçamento para 2024, por exemplo, prevê um aumento aproximado de 68% nas despesas de defesa previstas em comparação com as dotações previstas para 2023 - o que coloca as despesas de defesa para 2024 em cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB).