Conheça o Souk, o mercado árabe
Local vende alimentos e utensílios para decoração
Maria Paula Carvalho
Os egípcios recebem os turistas que navegam pelo Rio Nilo com mesa farta. Os produtos que entram no barco quase sempre vêm do comércio local. Em mais um episódio da série pelo Egito, Maria Paula Carvalho nos leva para um passeio cheio de curiosidades. Vamos visitar o Souk, como eles chamam o mercado público em árabe.
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No Souk você encontra legumes, verduras e frutas, mas, também, panelas e utensílios de barro, decoração e roupas. Prepare as libras egípcias --- cada uma vale R$ 0,17. O euro e o dólar também são aceitos pela maioria dos comerciantes.
É difícil sair sem um jalaba, um tipo de vestido egípcio que oferecem à exaustão, típico da vestimenta feminina no país. Outros destaques nesse tipo de comércio são os chás e temperos. Um dos produtos mais vendidos é a flor de hibisco. Dizem que, quando usada em infusão, é um ótimo antioxidante.
Quando você moi pimenta-do-reino na comida, bebe um cappuccino com canela ou se depara com um prato deliciosamente colorido pelo açafrão, é provável que nem perceba o longo trajeto que essas iguarias percorreram até a mesa da sua casa.
As especiarias são consideradas verdadeiros tesouros da gastronomia e da história. Os primeiros registros de especiarias foram encontrados por arqueólogos em tumbas egípcias datadas de 3000 a.C. Acreditava-se que as propriedades de conservação de alguns temperos eram ideais para o embalsamamento.
O Egito guarda muitas lendas referentes às especiarias. Algumas técnicas são usadas até hoje e transformaram a sociedade, especialmente quando se fala em conservação de alimentos.
A partir do século XV, inúmeras embarcações europeias voltavam ao Velho Continente recheadas de especiarias. E as potências travaram guerras no mar pelo controle das colônias produtoras dos temperos.
A noz-moscada, a canela, o cardamomo, o gengibre e o açafrão eram considerados artigos de luxo na Europa medieval. Essas preciosidades exóticas também foram precursoras da pirataria. Apesar da ostentação de poder econômico, a principal razão para a importação das ervas e dos temperos era o seu uso medicinal.