Lisboa da época dos romanos: descubra um passeio exclusivo e raro
Conheça em Lisboa as Galerias Romanas, do século I d.C
Renata Cordeiro
Um dos passeios mais disputados em Lisboa é a visita às Galerias Romanas. Datadas do século I d.C., essas ruínas são abertas ao público apenas duas vezes ao ano - em abril e em setembro - e por poucos dias. Muitos portugueses passam a vida tentando, mas os ingressos se esgotam em poucos minutos. Toda a curiosidade se justifica. É para conhecer um criptopórtico, uma plataforma feita pelos engenhosos romanos para sustentar a construção de grandes edifícios públicos em solos encharcados e instáveis. Por meio de uma abertura, um bueiro no meio da rua, o De Malas Prontas mergulhou no monumento histórico, que, até hoje, sustenta muitos dos prédios da região.
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Baixa de Lisboa
Também chamada Baixa Pombalina ou Lisboa Pombalina, a Baixa Lisboa foi construída por ordem do Marquês de Pombal, depois do grande terremoto de 1755. Ela se estende por uma área de cerca de 255 hectares e é caracterizada por um conjunto de ruas retas e perpendiculares (coisa rara na capital portuguesa), organizadas para ambos os lados de um eixo central constituído pela Rua Augusta.
Galerias Romanas
O criptopórtico, feito de um cimento criado pelos romanos e usado até hoje, permitia a construção de edificações com pedras de diversos tamanhos com rapidez e resistência. Prova disso é que resistiu ao terremoto de 1755, que destruiu grande parte de Lisboa. Foi na época da reconstrução da cidade que os portugueses descobriram as ruínas e passaram a usá-las como apoio para os novos edifícios que surgiram no local e permanecem até a atualidade. Nesta primeira visita de 2023, 2.500 pessoas vão poder andar pelo subsolo da capital e conhecer a relíquia --- do número, 600 estudantes. Para isso é preciso usar bombas para retirar a água que fica ali permanentemente. Ver a galeria é um privilégio de poucos.