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Tecnologia

Engenheiro acusa diretor do Google de "impulsionar o genocídio" em Israel

Protesto foi contra o Projeto Nimbus no qual a empresa fechou uma parceria estratégica e militar com o governo de Israel; Funcionários temem pelo mau uso da tecnologia contra os palestinos

Imagem da noticia Engenheiro acusa diretor do Google de "impulsionar o genocídio" em Israel
Engenheiro de software do Google Cloud ataca diretor da empresa em Israel e foi expulso por segurança | Reprodução/Instagram
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Um engenheiro de software da Google Cloud, tumultuou uma conferência de tecnologia em Nova Iorque (EUA) ao acusar um diretor de Operações da empresa de “impulsionar o genocídio” ao auxiliar o governo de Israel.

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O diretor-gerente do Google em Israel, Barak Regev, estava na conferência Mind the Tech, na última segunda-feira (4), quando um homem com uma camisa com o logo da empresa se identificou como engenheiro da divisão de nuvem da Google e fez ataques aos gritos.

“Recuso-me a construir tecnologia que potencie o genocídio, o apartheid ou a vigilância”, disse o engenheiro que trabalha na divisão Google Cloud, que provocou vaias do público presente na conferência, que foi patrocinada por um jornal financeiro de Israel.

Exaltado o engenheiro ainda reforçou: “O Projeto Nimbus coloca os membros da comunidade palestina em perigo”

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Na palestra, Regev visava mostrar a “resiliência da indústria de Tecnologia de Israel”, no qual o executivo falava em um bloco do evento com o tema “Crescer. Inovar. Entregar: traçando a resiliência da indústria de tecnologia de Israel” e proferiu um discurso sobre como que o país caminha para tornar-se “uma nação impulsionada por inteligência artificial”.

Assista ao momento do ataque:

Confira o post no Instagram: https://www.instagram.com/p/C4G6onotfWh/

Projeto Nimbus

O projeto citado pelo engenheiro expulso do evento é uma iniciativa de programas de inteligência artificial produzido e vendido pelo Google ao governo de Israel.

O projeto foi anunciado em 2021, onde Google e Amazon seriam parceiros do governo israelense em uma iniciativa de US$ 1,2 bilhão e que forneceria uma "solução de nuvem abrangente" às agências governamentais.

A tecnologia tem criado polêmica ao ponto de funcionários do Google e da Amazon enviarem uma carta ao jornal The Guardian se manifestando na época contra a iniciativa que pode ameaçar ainda mais os palestinos, com monitoramento e coleta de dados ilegais.

"Nossos empregadores assinaram um contrato chamado Projeto Nimbus para vender tecnologia perigosa aos militares e ao governo israelense. Este contrato foi assinado na mesma semana em que os militares israelitas atacaram os palestinianos na Faixa de Gaza - matando quase 250 pessoas, incluindo mais de 60 crianças. A tecnologia que as nossas empresas contrataram para construir tornará a discriminação e o deslocamento sistemáticos levados a cabo pelos militares e pelo governo israelitas ainda mais cruéis e mortíferos para os palestinos. O Projeto Nimbus é um contrato de US$ 1,2 bilhão para fornecer serviços em nuvem para os militares e o governo israelense. Esta tecnologia permite uma maior vigilância e recolha ilegal de dados sobre os palestinianos e facilita a expansão dos colonatos ilegais de Israel em terras palestinianas”.

+ Confira a íntegra da carta no site The Guardian

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