5 milhões de usuários relataram problemas com apagão cibernético, aponta Downdetector
Relatório aponta que registros de pane no sistema foram três vezes maiores que a média do serviço de monitoramento
Cido Coelho
O dia 19 de julho ficará na história da tecnologia da informação por conta do apagão cibernético que afetou cerca de 8,5 milhões de dispositivos Microsoft Windows, causando a maior falha tecnológica da história, em que a 'tela azul' afetou diversos setores da economia pelo mundo de forma generalizada.
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O relatório da empresa de monitoramento de sistemas Downdetector, da Ookla, aponta que quase 5 milhões de usuários registraram falhas em vários serviços de tecnologia no dia da pane global. Esse número foi três vezes maior que a média de usuários que normalmente visitam o site.
Serviços mais afetados
Entre os setores da economia mais afetados estão "Serviços de emergência", com 68x mais reclamações, "Empresas aéreas" (50x), Transporte por aplicativo (47x), "Varejo" (28,7x), "Apostas online" (23,9x) e "Bancos" (9,2x).
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Empresas mais reclamadas
Além disso, as grandes empresas também tiveram alto índice de interrupções e reclamações, como a Tesla (12x), Uber (57x), Uber Eats (41x), Amazon (14x), DHL (6x) e FedEx (4x).
10 mil voos foram cancelados
Segundo a provedora de informações digitais de voo OAG, as 20 maiores companhias aéreas do mundo cancelaram quase 10 mil voos entre os dias 19 e 21 de julho.
Um pouco mais da metade desses voos, ou seja, 5.300, foram cancelados pela Delta Airlines, com 13.537 reclamações.
Na sequência, a irlandesa Ryanair (13.545 reclamações), Southwest Airlines (6.969), United Airlines (6.704), dos Estados Unidos, a turca Turkish Airlines (2.972) e a holandesa KLM (2.819) estão entre as empresas aéreas mais impactadas pelo apagão global.
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Cartões de crédito e bancos com problemas
O relatório ainda aponta que o serviço de cartões de crédito Visa teve mais de 64 mil reclamações em 19 de julho, contra 1,5 mil queixas que recebe em média, e o banco online TDBank teve um salto de reclamações, passando de 240 para 56 mil no fatídico dia da pane.
"Embora a maioria dos sites de empresas tenha se recuperado do desastre do Crowdstrike, a indisponibilidade mostrou o quão vulneráveis os sites de hoje são a falhas e atualizações de software", sentencia a empresa dona do Downdetector, que reforçou a importância das análises de sistemas em tempo real.