Publicidade
Tecnologia

Suspenso no Brasil, Telegram defende que Justiça pediu dados "impossíveis"

Cofundador do aplicativo defendeu liberdade de expressão e afirmou que recorrerá da decisão

Imagem da noticia Suspenso no Brasil, Telegram defende que Justiça pediu dados "impossíveis"
Telegram foi retirado do ar no Brasil por volta das 22h de 4ª feira (26.abr) por não cooperar com autoridades | Unsplash
• Atualizado em
Publicidade

O cofundador do Telegram, Pavel Durov, se manifestou, na 5ª feira (27.abr), sobre a suspensão temporária do aplicativo de mensagens no Brasil. Segundo ele, a Justiça solicitou dados que são "tecnologicamente impossíveis de obter" e que, por isso, a empresa entrou com um pedido de apelo da decisão.

+ O que é o aplicativo de mensagens Telegram?

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

O Telegram foi retirado do ar no Brasil por volta das 22h de 4ª feira (26.abr). A medida foi estipulada pela Justiça Federal do Espírito Santo, após o aplicativo ter descumprido uma determinação judicial que obrigava o fornecimento de dados à Polícia Federal sobre grupos nazistas e neonazistas que atuam no país. 

Na última semana, a empresa chegou a entregar parte dos dados, mas não forneceu os contatos dos participantes de grupos com conteúdo nazista - cumprindo, assim, apenas parte da determinação judicial. Além da suspensão temporária, a Justiça multou a plataforma em R$ 1 milhão por dia de descumprimento.

As informações fariam parte da investigação sobre o ataque realizado contra duas escolas no Espírito Santo, em 2022, que deixou quatro mortos. Isso porque os policiais apontaram que o agressor teria ligações com grupos extremistas, inclusive nazistas, pois carregava uma suástica na roupa que usou durante o atentado.

No comunicado, Durov defendeu a liberdade de expressão e privacidade dos usuários e afirmou que o Telegram é forçado a deixar os países que não respeitam esse direito. "Não importa o custo, defenderemos nossos usuários no Brasil e seu direito à comunicação privada. A missão do Telegram é preservar a privacidade e a liberdade de expressão em todo o mundo", escreveu.

+ Meta anuncia terceira onda de demissões

Além da Justiça do Espírito Santo, o Telegram responde a um processo administrativo na Senacon pela circulação de conteúdos ilegais, entre eles ameaças de atentados e discursos de ódio. O aplicativo de mensagens também já teve problemas com o Supremo Tribunal Federal (STF) por não cooperar com as autoridades judiciais.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade