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Tecnologia

Vício em smartphone e aplicativos pode afetar a saúde mental e o sono

Pesquisa feita na Austrália mostra que usuários tem medo de ficar sem usar o dispositivo

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Vicio no uso do celular cresceu após a chegada da pandemia de Covid-19 | Unsplash
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Um estudo da Universidade de South Wales, em Sidney, capital da Austrália, aponta que a vontade constante de estar conectado ao smartphone e aplicativos pode levar a um novo distúrbio psicológico conhecido por nomofobia, que significa no mobile-phone-fobia, traduzindo medo de ficar sem telefone celular. 

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Além disso, o medo pode também provocar privação de sono e problemas mentais. Segundo os cientistas, o vício em usar o celular o tempo todo vem da liberação da dopamina no momento em que usamos o dispositivo. É neste momento que o hormônio age para dar sensação de prazer, satisfação e aumenta a motivação.

Segundo um dos autores do estudo, o professor Eric Lim, da Escola de Sistemas de Informação e Gerenciamento de Tecnologia, da University of South Wales, existe uma preocupação com uso exagerado do smartphone, com isso, foi percebido que a "dopamina atrai os usuários de telefone de volta todos os dias e aí que os problemas podem realmente começar a surgir", com o desenvolvimento da nomofobia e, com isso os efeitos do uso se tornam evidentes. 

"Torna-se um ciclo vicioso em que quanto mais estamos conectados, mais precisamos desses aplicativos para fornecer conteúdo sempre novo para nos manter ligados à dopamina que eles fornecem", argumenta o pesquisador.

Lim observa que o vício no aparelho no vale a pena para a saúde, mas gerou uma "economia da atenção", onde as empresas fazem de tudo para atrair a atenção do público, para vender produtos ou serviços, para monetizar, fazendo com que os usuário deixe de ser produtivo.

Segundo pesquisa de operadora de telefonia, em 10 anos, usuários receberam 427% mais mensagens e notificações | Pexels

O levantamento da operadora de telecomunicações Virgin Mobile aponta que bilhões de usuários de smartphone receberam 427% mais mensagens e notificações em relação à última década. 

Além disso, os mesmos usuários enviaram 2278% mais textos, segundo o estudo do Addicton Center e, desde 2004, segundo o buscador Google, as buscas por 'vício em celular' tem aumentado.

No Brasil, em 2021, os brasileiros passaram 5,4 horas diárias usando o aparelho. Com a chegada da pandemia de Covid-19, a utilização do celular aumentou, crescendo 30% nos últimos dois anos.
 

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