Gigantes apostam em startups early stage no Bossa Summit
Natura&Co, Ânima Educação e Totvs diversificam investimentos
Cido Coelho
Quando uma nova ideia aparece com a possibilidade de trazer eficácia às operações internas, as corporates buscam mantê-la no radar. Para isso, criam conexões, parcerias e fazem investimentos estratégicos e visualizam se há alinhamento entre os propósitos internos e as ideias e soluções inovadoras ou tecnológicas propostas por startups e empresas de tecnologia.
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Esse movimento acontece por meio de contato, networking diário, que acontece geralmente em feiras de negócios e eventos com alta concentração de empreendedores, executivos, gestores e tomadores de decisão no geral.
No Bossa Summit, que acontece até 6ª feira (23.mar) em São Paulo, são esperados mais de 100 corporações e 6 mil pessoas, que vão passar pelo Transamerica Expo, com mais de 450 estandes, para conhecer as últimas startups que apostam em ideias que podem fazer negócios promissores.
Empresas como Natura&Co, Totvs e Ânima Educação anteciparam a forma como vão se aproximar das startups neste ano. Todas as empresas presentes devem focar em tecnologia, talentos e soluções para venda e comercialização de serviços para melhoria de processos.
"As aquisições devem crescer com foco em tecnologia, talentos (acqui-hiring) e até com soluções para estabelecer novos canais de venda, de comercialização de serviços e operações na nuvem para contribuir na otimização dos processos. Mesmo os ajustes recentes no mercado não diminuem o destaque de investimento em inovação, por isso o Bossa Summit é relevante para os atores desse ecossistema", explica João Kepler, CEO da Bossanova Investimentos e colunista do SBT News.
A gigante dos cosméticos Natura definiu que neste ano querem colaborar mais com todo o ecossistema empreendedor na América Latina focando em sustentabilidade e diversidade, internacionalizando e atuando de forma mais assertiva em outros países, além de direcionar esforços para o norte e nordeste do Brasil, apostando em startups com fundadores mulheres e negros, além de soluções de impacto socioambiental positivo.
"Temos um desafio importante para endereçarmos que é o de apoiar na construção do nosso ecossistema de bem-estar. Para isso, estaremos atentos às tendências voltadas a serviços e produtos digitais que estejam endereçados no mercado de bem-estar expandido", afirma Danilo Costa Silva, gerente da Natura Startups.
Para o grupo de educação Ânima, visa fortalecer o ecossistema fomentando o ecossistema de educação, por meio do seu braço de investimentos Ânima Ventures, que abre uma janela de oportunidade para educadores, colaboradores e parceiros a investir e se tornarem sócios em startups que sejam ou não edtechs -- voltadas para educação.
"Muito mais do que dinheiro, poderemos contribuir no core de cada startup, pois temos mestres e doutores em praticamente todas as áreas do saber, além de terem suporte na gestão e na área comercial, participando do ecossistema Ânima", explica o presidente do Conselho da Ânima Educação, Daniel Castanho.
Já a Totvs espera investir em softwares de diversos setores, criando o fundo de venture capital para startups early stages, com um valor disponível de R$ 300 milhões para investimentos.
A ideia da empresa de software é buscar nas startups um time engajado, competente com o produto, com a aderência à base de clientes e de empresas escaláveis. A companhia está de olho em novas startups que possam ser parceiros de negócios.
"A gente tem olhado para software, de maneira ampla, e sem nenhuma restrição ou rigidez", explica Karolyna Schenk, diretora-executiva de M&A da Totvs.