Mercado cracker vaza dados de 2,1 milhões de cartões de crédito e débito
Ação foi em 'comemoração' da existência do serviço criminoso. Brasil está na lista dos expostos

Cido Coelho
O mercado da dark web -- uma camada não indexada pela internet convencional -- Biden Cash liberou os dados de 2,1 milhões de cartões de crédito e débito. O vazamento foi detectado por um grupo de cibersegurança.
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Ação aconteceu como uma forma de comemoração ao primeiro ano do serviço criminoso e clandestino.
Em outubro do ano passado, 1,2 milhões de dados de cartões bancários também foram vazados na rede obscura da internet. Foram expostos informações de 811.676 cartões de débito, 740.858 cartões de crédito e 292 cartões de cobrança.
Segundo o Cyble, grupo de cibersegurança que descobriu a ação, os dados são de usuários de vários países, inclusive o Brasil, 10º país na lista das vítimas, com cerca de 20 mil cartões com informações expostas.
Nomes, e-mails, números de telefone e endereços residenciais foram expostos. No entanto, o ativo mais valioso neste tipo de mercado são as informações dos cartões como números, datas de vencimento entre 2023 e 2052 e códigos CVV.
Apesar o vazamento, boa parte dos dados expostos já estavam disponíveis na dark web há algum tempo. Além disso, estas informações já tinham sido canceladas pelos bancos.
O grupo de cibersegurança diz que 70% dos dados disponíveis têm vencimento em 2023. Com a exposição de dados, os usuários podem ficar vulneráveis e sofrer outros crimes ou práticas fraudulentas.
Confira a lista dos países que tiveram os dados mais vazados:
- Estados Unidos -- 965.846
- México -- 97.665
- China -- 97.003
- Reino Unido -- 86.313
- Canadá -- 36.906
- Índia -- 36.672
- Itália -- 23.009
- África do Sul -- 22.798
- Austrália -- 21.361
- Brasil -- 19.700