YouTube endurece medidas contra desinformação nas eleições

Com a proximidade das eleições gerais no Brasil, a plataforma de vídeos YouTube anunciou medidas contra a disseminação de desinformação em seu aplicativo. Além disso a empresa explica que elaborou estudos e chegou no desenvolvimento no conjunto de políticas e sistemas para buscar garantir a disseminação de conteúdo confiável e a redução da divulgação de conteúdo com informações enganosas. 

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"Ao longo dos últimos anos, elaboramos um sólido conjunto de políticas e sistemas para dar visibilidade a conteúdo confiável, removendo e reduzindo a disseminação de informações enganosas", descreve o texto publicado no blog do YouTube.

Entre as medidas adotadas, o YouTube destacou que vai remover conteúdo que viole as políticas, como informações que tenha o objetivo de enganar os eleitores, informações falsas sobre candidatos, conteúdo que incentive as pessoas a atrapalhar processos democráticos, além de informações mentirosas sobre eleições. Confira os pontos:

• Supressão de eleitores: Conteúdo que tenha o objetivo de enganar eleitores sobre a hora, o local, os meios ou requisitos necessários para votar, ou informações falsas que possam fazer as pessoas desistirem de ir às urnas. Isso inclui alegações falsas de que as urnas eletrônicas brasileiras foram hackeadas na eleição presidencial de 2018 e de que os votos foram adulterados.
• Qualificação dos candidatos: Informações falsas sobre a inelegibilidade de candidatos ou políticos em exercício. Seguimos os requisitos de elegibilidade estabelecidos pela legislação local, como idade ou cidadania.
• Incitar o público a interferir em processos democráticos: Conteúdo que incentive as pessoas a impedir ou atrapalhar quem está tentando votar.
• Integridade das eleições: Informações falsas sobre fraude generalizada, erros ou problemas técnicos que supostamente tenham alterado o resultado de eleições anteriores, após os resultados já terem sido oficialmente confirmados. Essa política mostra o conteúdo exibido após as eleições presidenciais dos EUA em 2020 e após as eleições do ano passado na Alemanha. Agora, ela será aplicada às eleições presidenciais brasileiras de 2018.

Redução de conteúdo enganoso e recomendação de fontes confiáveis

O YouTube destacou que vai oferecer caminhos para que o usuário possa acessar sempre conteúdo com fontes confiáveis. Para as eleições deste ano, a interface da plataforma passa a exibir paineis de informações com mais contexto nas buscas, atrelado ao conteúdo publicado.

Como por exemplo, em links com conteúdo relacionado sobre a urna brasileira ou título de eleitor -- alvos constantes de desinformação --, serão inseridos materiais com fontes não relacionadas a partidos políticos. 

Além disso, neste caso, o painel terá um link para acesso as informações oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O sistema de recomendações para diminuir a visualização de vídeos que chegam perto de violar as diretrizes da comunidade também foi ajustado. 

"Nosso objetivo é manter as visualizações de recomendações para conteúdo duvidoso abaixo de 0,5%", relata a plataforma.

Recursos e funcionalidades para especialistas de política

O YouTube vai oferecer um conjunto de recursos e funcionalidades para políticos, comentaristas e veículos de noticias especializados em política. A empresa de tecnologia diz que vai trabalhar com as organizações de notícias e todo o ecossistema político para alcançar espectadores com mais eficiência e garantindo a segurança informacional.

Transparência na publicidade política

A Google também fará verificação do conteúdo de anunciantes que farão publicidade eleitoral no Google Ads e no Display&Video 360 e todas as informações deste conteúdo anunciado será divulgado em um relatório de transparência de publicidade política que será divulgado posteriormente.

"Informações sobre a identidade e o valor financeiro desse tipo de anúncio serão incluídas num Relatório de Transparência de Publicidade Política, que será lançado no Brasil", conclui a publicação. 

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