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Tragédia no RS: Morte por leptospirose é confirmada em Venâncio Aires, segunda no estado

Vítima tinha 33 anos e teve contato com água de inundação

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Morte por leptospirose é confirmada em Venâncio Aires: vítima teve contato com água de enchente | Divulgação/SECOM-RS
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A prefeitura de Venâncio Aires confirmou nesta terça-feira (21) uma morte causada pela contaminação por leptospirose. Além da vítima, outros dois casos da doença foram registrados no mês de maio na cidade.

Essa é a segunda morte causada pela doença no Rio Grande do Sul desde o início das inundações, que assolam mais de 90% dos municípios gaúchos e são um fator de risco de contaminação. A primeira foi de Eldo Gross, um homem de 67 anos, em Travesseiro, na região do Vale do Taquari.

A morte

Primeira vítima da doença no município, que fica a 132 quilômetros de Porto Alegre, desde o início das chuvas no estado, o homem de 33 anos teve contato com as águas das enchentes, mas adotou cuidados necessários, como o uso de botas. Ele morreu na sexta-feira (17).

Os sintomas

Os primeiros sinais perceptíveis da leptospirose surgem de cinco a 14 dias após a contaminação. Veja quais são:

  • febre;
  • dor de cabeça;
  • fraqueza;
  • dores no corpo (em especial, na panturrilha);
  • calafrios.

Outra característica marcante da doença, em alguns casos, é apresentar olhos vermelhos. Quadros mais graves ocorrem em aproximadamente 15% dos indivíduos, a partir da segunda semana, quando há aumento da produção de anticorpos. Os principais sintomas nesta fase são:

  • icterícia (pele e olhos amarelados);
  • insuficiência renal;
  • alteração no nível de consciência;
  • hemorragia;
  • tosse seca e falta de ar, que podem indicar comprometimento dos pulmões.

Prevenção em enchentes

Em situações de inundação, o Ministério da Saúde recomenda as seguintes medidas de prevenção:

  • cubra cortes ou arranhões com bandagens à prova d’água;
  • se possível, utilize botas e luvas para reduzir o contato com a água contaminada, ou sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés;
  • após as águas baixarem, retire a lama e desinfete pisos, paredes e bancadas com água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%), na proporção de um copo de água sanitária para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 15 minutos (sempre com a proteção de luvas e botas de borracha);
  • não nade ou beba água doce de fonte que possa estar contaminada pela água da enchente;
  • descarte alimentos e medicamentos que tiveram contato com a água da inundação;
  • trate a água antes do consumo, fervendo ou utilizando hipoclorito de sódio;
  • caso seja profissional de saúde ou de resgate, use equipamentos de proteção individual (EPIs);
  • mantenha os alimentos guardados em recipientes bem fechados;
  • deixe a cozinha limpa, sem restos de alimentos, e retire as sobras de alimentos ou ração de animais domésticos antes do anoitecer;
  • mantenha o terreno limpo e evite entulhos e acúmulo de objetos nos quintais.

Situação das chuvas

Segue em 161 o número de mortos no estado em decorrência das chuvas, segundo boletim divulgado pela Defesa Civil na tarde desta terça-feira (21). O total de pessoas afetadas chegou a 2.341.060.

O órgão informou que há 806 pessoas feridas pela tragédia climática. O número de municípios afetados chegou a 467 (de um total de 497 no estado).

Mais de 654 mil pessoas estão fora de suas casas, sendo que 71.503 delas estão em abrigos e outras 581.633 estão desalojadas (na casa de parentes ou amigos). Há 27 mil agentes atuando em operações de resgate no estado.

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