Saúde detecta novas variantes da Covid-19 e alerta para reforço vacinal
Dose adicional do imunizante bivalente é recomendado principalmente para idosos e imunocomprometidos
Camila Stucaluc
O Ministério da Saúde informou, na 4ª feira (6.dez), que identificou novas sublinhagens de uma variante da Covid-19 no Brasil -- a JN.1 e a JG.3. Apesar de estar monitorando a disseminação e impacto das cepas, a pasta fez um alerta para que idosos e imunocomprometidos acima de 12 anos recebam a dose de reforço da vacina bivalente.
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"Todas as vacinas disponíveis atualmente no Sistema Único de Saúde (SUS) são eficazes contra variantes da Covid-19 que circulam no país, prevenindo sintomas graves e mortes. Também está disponível no SUS o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para o tratamento da infecção pelo vírus em idosos com 65 anos ou mais e imunossuprimidos com 18 anos ou mais", disse o ministério.
Segundo a pasta, a JN.1, inicialmente detectada em exames realizados no Ceará, vem ganhando proporção global, correspondendo a 3.2% das detecções no mundo. Já a sublinhagem JG.3, também verificada recentemente no estado nordestino, vem sendo monitorada nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás. Ambas as subvariantes já foram encontradas em 47 países.
Vacinação em 2024
A vacina contra Covid-19 pediátrica será incluída no calendário nacional de vacinação a partir de 2024. O público-alvo serão crianças de seis meses e menores de cinco anos, que receberão o esquema vacinal completo de três doses. Os pequenos que já tiverem tomado as doses recomendadas neste ano não vão precisar repeti-las no ano que vem.
Após os cinco anos, crianças e adultos que integram os grupos prioritários receberão uma dose de reforço em 2024. São eles: idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com comorbidades, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores, pessoas com deficiência permanente, pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema de privação de liberdade e pessoas em situação de rua.
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Esses grupos são os que possuem maior risco de desenvolver as formas graves da doença. A inclusão do público já passou por avaliação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI) e do Programa Nacional de Imunização (PNI). A intenção é evitar o agravamento da doença, além de amenizar a propagação do vírus no Brasil.