Praga ameaça fruticultura brasileira

A mosca-da-carambola é uma ameaça significativa para o Brasil, o terceiro maior produtor global de frutas. Atualmente, a praga está restrita aos estados do Amapá, Pará e Roraima, mas representa uma séria ameaça aos mercados de exportação já estabelecidos. Devido a esse risco, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou a Portaria nº 627, com validade de um ano, declarando estado de emergência fitossanitária nas localidades citadas e no Amazonas.

O Mapa está coordenando um programa para erradicar a praga, envolvendo ações de combate nos estados afetados e monitoramento em todo o país. O desafio é ainda maior com o aumento do fluxo migratório, do comércio interno de frutas e das condições climáticas favoráveis ao estabelecimento da praga. Apesar do nome, a mosca-da-carambola não afeta apenas as carambolas, mas também outras frutas, como goiaba, acerola, tangerina, caju e pitanga. A recente detecção de novos focos nos municípios de Oriximiná e Terra Santa, no Pará, intensifica a preocupação com o risco de dispersão da praga para outras regiões, especialmente nos principais polos frutícolas do Brasil.

O estado do Amazonas, embora ainda não tenha registros da praga, foi incluído na condição de emergência fitossanitária devido aos focos detectados em região próxima à sua fronteira com o Pará, aliados ao intenso fluxo de viajantes e produtos provenientes de Roraima.

Dicas de prevenção ao meio rural:

Inspeção aigorosa: Ao comprar frutas, examine-as cuidadosamente em busca de sinais de infestação, como furos na casca;
Descarte adequado: Descarte frutas infectadas em sacos plásticos bem fechados para evitar a propagação da praga;
Evite o trânsito de frutas: Evite transportar frutas de regiões afetadas para áreas livres da praga. Respeite as quarentenas estabelecidas;
Informação e conscientização: Converse com produtores locais, participe de programas de educação sobre a mosca-da-carambola e dissemine informações sobre prevenção.