Abert discute o futuro dos meios de comunicação em Brasília
Congresso reúne representantes do rádio e da TV

André Anelli
O futuro dos meios de comunicação, como o rádio e a TV, foi tema do Congresso Nacional de Radiofusão, nesta 5ª feira (17.nov), em Brasília. Profissionais de diversas emissoras do Brasil e do mundo participaram do evento que também prestou homenagem aos 100 anos do rádio.
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As emissoras enfrentam atualmente, no mundo, a concorrência das mídias digitais e dos produtos sob demanda. Esse cenário reforça a necessidade de, cada vez mais, ter uma programação de qualidade. A programação que o espectador vê na tela custa caro e, mesmo assim, na televisão aberta, tudo é gratuito ao telespectador. São os anunciantes, em busca da atenção do público, que tornam possível o jornalismo e o entretenimento. O desafio de manter o papel social das emissoras foi um dos temas do evento.
O presidente da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV defende igualdade de concorrência entre os veículos de comunicação. "É fundamental essa simetria regulatória, é muito importante que as grandes plataformas possam competir em igualdades de condição com a radiofusão. Tem que haver mesmos direitos e mesmos deveres. Hoje, as plataformas só tem os mesmos direitos, não têm os mesmos deveres", afirma Flávio Resende.
Representantes do SBT participaram de painéis, como o que discutia "A transformação tecnológica e as mudanças de hábito nas indústrias de mídia". "A gente faz questão de estar presente e ser um dos patrocinadores e apoiadores do evento que tem aqui um encontro de pessoas relevantes, ouvir outros pontos de vista, aprender com os parceiros e com os competidores e oferecer ao público brasileiro uma TV cada vez melhor e mais forte", conta Roberto Franco, diretor de rede e assuntos regulatórios do SBT.
O combate às fake news também foi debatido. "Muito se discute hoje sobre a questão da liberdade de expressão, do quanto isso é importante para assegurar uma democracia como a gente que vive aqui no Brasil. Agora, se isso não for exercício pelos veículos que têm de fato uma responsabilização, como é a radiofusão. [...] A questão das fake news vai ganhar muitas vezes mais força e mais atenção do público do que a própria pauta séria do jornalismo exercido porque emite opinião com responsabilidade, como nós emitimos", relata o presidente do Grupo Silvio Santos, José Roberto Maciel.
O evento também marcou a retomada dos encontros presenciais. "Para nós é sempre muito bom trocar ideias, defender o setor. E também eu gostaria de aproveitar para parabenizar todos os profissionais da rádio. Está completando 100 anos e todo mundo da Abert, que está agora completando 60 anos, contribuindo para divulgar o nosso país", afirma Renata Abravanel, presidente do Conselho do Grupo Silvio Santos.
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