RS: Homem mata esposa e esconde o corpo por 3 dias dentro de casa
Preso em flagrantes, ele confessou ter asfixiado a mulher durante uma discussão

Luciane Kohlmann
Um homem foi preso acusado de asfixiar a esposa até a morte do Rio Grande do Sul. A princípio, a visita da polícia tinha o intuito de ouvir o marido de Angélica Aparecida Cidade da Silva, de 46 anos, sobre o desaparecimento dela.
Mas, o delegado foi surpreendido por uma confissão espontâneo do crime: além de admitir o crime, o homem admitiu ter escondido o corpo da vítima por 3 dias, dentro da própria casa.
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"Assim que nós chegamos aqui no local, ele já confessou que havia matado a Angélica, e que o corpo estaria dentro da residência desde sábado de manhã. Ele matou por asfixia mecânica usando a echarpe que ela estava usando no momento, e deixou o corpo dentro de casa com vários objetos por cima", relata a delegada Marcela Longo Ehler.
Conforme indicado pelo agressor, o corpo de Angélica foi encontrado por peritos escondido embaixo de roupas, cobertores e entulhos. O homem, de 42 anos, foi preso em flagrante pelo assassinato.
Aos investigadores, ele alegou ter "perdido a cabeça" durante uma discussão. Segundo os vizinhos, as brigas eram constantes. "Na sexta-feira, acho que ele roubou 100 reais dela. Acho que ela estava juntando dinheiro para comprar casa, alguma coisa assim, e aí ela queria os 100 reais", conta um dos vizinhos, que prefere não ser identificado.
A discussão durou toda a madrugada. "Eu saí para trabalhar. Eu pego ônibus 5:22 e ouvi aquele barulho de sufocar, sabe? Mas, a gente não deu bola porque eles brigava sempre, e eu não imaginei que ele tivesse feito aquilo com ela", acrescenta a testemunha.
Angélica era auxiliar de cozinha em um restaurante de Porto Alegre. Colegas estranharam que ela não compareceu ao serviço e procuraram a delegacia da mulher, que começou a investigar o suposto desaparecimento.
Não havia denúncia de violência doméstica contra o suspeito. "Se não tem nenhuma passagem pelo sistema de Justiça, nenhuma medida protetiva, é um caso praticamente invisível para nós, e a gente só toma conhecimento quando o pior acontece", enfatiza a delegada.
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