Oficinas mecânicas abriram 2,2 milhões de vagas de trabalho em 2022
Demanda por mão-de-obra foi impulsionada pelo aumento nos reparos de carros usados
SBT Brasil
O mercado de carros usados cresceu nos últimos anos e, com ele, a procura por serviços de reparo. A alta demanda, por sua vez, levou a um aumento expressivo na oferta de emprego em oficinas mecânicas de todo o país.
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Samuel é um dos trabalhadores que encontrou no setor uma chance para reingressar no mercado de trabalho. Durante a pandemia, ele sofreu u grave acidente de carro e, ao se recuperar, se viu desempregado. Agora, se diz grato pela recolocação. "Eu ajudo na preparação, para deixar prontos para pintar. Eu estou feliz aqui, a gente trabalha brincando", conta o polidor e pintor automotivo, que conseguiu um emprego em uma oficina da Zona Norte de São Paulo.
Entre fevereiro e abril deste ano, o número de empregos no setor de reparos de veículos e motocicletas cresceu 13,7%. Foram 2,2 milhões de vagas preenchidas só em 2022.
O presidente do Sindicato da Indústria de Reparação, Antonio Fiola, explica que a diversidade de especialidades no setor é um dos fatores que leva a farta oferta de postos de trabalho. "O funileiro, que é o profissional que troca as peças, se tem o pintor, se tem o reparador de pintura, tem o polidor, tem o eletricista, temos o mecânico, temos o especialista em eletrônica".
São trabalhadores que, além de consertar as máquinas, deixam os veículos com cara de novos. "As pessoas, na impossibilidade de comprar um carro novo, passou a reformar o seu carro usado, a atualizar, a consertar", acrescenta o especialista na indústria, Flávio Padovan.
Este ano, os modelos mais antigos estão ganhando disparado dos zero quilômetro, com a comercialização de 3,7 milhões de veículos. O total de novos carros vendidos é 3 vezes inferior, quase 997 mil.
Número que servem de incentivo para quem está preparando para o mercado. Em um dos centros de treinamento automotivo, na capital paulista, passam por dia mais de 1.500 alunos, e 80% concluem o curso empregados.
Antônio é um deles. Ele ainda está na metade do curso, mas já conseguiu carteira assinada como assistente de mecânico. "Estou empregado há um mês mais ou menos. Sempre gostei de carro", diz o aluno.
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