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Saúde

TDPM: o que é transtorno "pior do que TPM" relatado por atriz Fernanda Machado

Ocorre na mesma fase do ciclo menstrual da Tensão Pré-Menstrual — mas em uma versão mais intensa e debilitante; entenda

Imagem da noticia TDPM: o que é transtorno "pior do que TPM" relatado por atriz Fernanda Machado
Atriz relata sintomas de TDPM nas redes sociais | Instagram/Reprodução
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Você já ouviu em Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM)? Em seu novo livro "Tudo o que não me contaram sobre a maternidade", a atriz Fernanda Machado compartilha suas experiências com transtorno que, apesar de pouco falado, pode ser extremamente incapacitante.

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“Quando descobri o que eu tinha, senti um mix de emoções. O diagnóstico me trouxe alívio por entender o que estava acontecendo no meu cérebro”, disse ela em um vídeo publicado no Instagram.

Além disso, na obra, a atriz fala sobre temas que envolvem a saúde da mulher, como endometriose e perda gestacional.

Diagnosticada há cerca de um ano e meio com TDPM, Fernanda tem usado suas redes sociais para falar sobre o impacto da síndrome em sua vida.

Segundo ela, o TDPM muitas vezes é confundido com depressão, ansiedade e até mesmo esquizofrenia.

Segundo dados citados por Fernanda em sua pesquisa para o livro, estima-se que de 3% a 8% das mulheres em todo o mundo sejam afetadas pela condição — e, em casos mais graves, as pessoas com a condição podem chegar a ter pensamentos suicidas.

O que é TDPM?

O Transtorno Disfórico Pré-Menstrual é uma versão mais intensa e debilitante da conhecida TPM (Tensão Pré-Menstrual). Segundo artigo publicado no Brazilian Journal of Psichiatry, o transtorno é caracterizado por uma "constelação de sintomas emocionais e alterações comportamentais".

De acordo com o Manual MSD, as características incluem sintomas depressivos, de ansiedade, irritabilidade e labilidade emocional (mudanças de humor intensas e rápida, como choro repentino e explosões de raiva). Alterações físicas, como dor de cabeça, inchaço nas pernas e aumento das mamas, também são comuns.

Além disso, ocorre na mesma fase do ciclo menstrual TPM — geralmente de cinco a sete dias antes da menstruação.

Por que o TDPM acontece?

A origem da síndrome está ligada a uma oscilação hormonal intensa no final do ciclo menstrual. A queda abrupta de estrogênio e progesterona interfere diretamente em neurotransmissores que regulam o humor, como o sistema gabaérgico — responsável pelo controle da ansiedade, do sono e do estresse. Esse desequilíbrio provoca os sintomas emocionais e físicos característicos do transtorno.

Há tratamento?

Sim, e o primeiro passo é o diagnóstico correto, feito por um profissional de saúde baseado na história clínica do paciente.

Em alguns casos, mudanças no estilo de vida, como praticar atividades físicas regulares, adotar uma alimentação balanceada, fazer meditação ou ioga, já podem aliviar os sintomas, segundo Manual MSD.

No entanto, em situações mais graves, pode haver indicação de uso de medicamentos, como antidepressivos ou até mesmo contraceptivos hormonais para estabilizar os níveis hormonais ao longo do ciclo.

Com seu novo livro, Fernanda Machado quer ajudar a quebrar o silêncio em torno de temas que ainda são considerados tabus. Ao falar abertamente sobre o TDPM, ela não apenas dá voz a milhares de mulheres que sofrem caladas, como também contribui para que mais pessoas identifiquem e compreendam a condição.

“O autoconhecimento é um ato de cuidado. Saber o que está acontecendo com o corpo e a mente é o primeiro passo para buscar ajuda e ter mais qualidade de vida”, conclui a atriz.

Buscas por TDPM em alta no Google

O interesse de busca por "TDPM" no Google Brasil está com tendência de alta na comparação com os últimos 12 meses. Os dados são do Google Trends.

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