Epidemia de dengue chega ao fim na cidade do Rio, mas é mantida no Estado
São mais de 171 mil casos prováveis da doença em todo o Estado em 2024
Texto atualizado às 16h18
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) emitiu nota, nesta sexta-feira (29), afirmando que irá manter o decreto que classifica como epidemia por dengue a evolução de casos da doença no Estado. Mais de 171 mil registros foram feitos até quinta (28), incluindo 71 mortes por dengue confirmadas.
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A decisão do governo estadual aconteceu mesmo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio tendo comunicado na sexta (28) o fim da epidemia de dengue na capital fluminense. Os municípios tem autonomia para declarar e revogar os próprios decretos sobre epidemias em seus territórios.
De acordo com o Centro de Inteligência em Saúde da SES-RJ ainda há um número expressivo de pessoas infectadas pela dengue no Estado. São mais de 1 mil casos por 100 mil habitantes na maioria das cidades fluminenses.
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A SES-RJ alerta que o Estado do Rio ainda se mantém em nível 3, o mais alto na escala que configura Emergência em Saúde Pública. O levantamento aponta que há um excesso de casos dez vezes acima do limite máximo esperado para esta época do ano.
Situação no Estado
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, são 171.954 casos prováveis de dengue no Estado. Até esta sexta (29), o RJ registrou 71 mortes e 4.791 internações por dengue. Há óbitos em investigação.
O governo estadual informa que, mesmo com uma desaceleração de registros de casos prováveis de dengue, em algumas regiões o número de infectados ainda á alto.
Cidade do Rio de Janeiro
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio afirma que houve queda no número de pessoas infectadas pela dengue na cidade. Mesmo assim, a cobertura vacinal segue baixa. Foram 103 mil doses aplicadas, o que representa menos de 30% da população imunizada.
Segundo o secretário Daniel Soranz, houve melhora da situação no município e foi registrada uma menor letalidade: 7 mortes para quase 100 mil casos de dengue na capital.
"O fim da epidemia não significa que não haverá mais casos da doença, mas sim que os casos diminuíram e que não há um colapso pelo excesso de atendimentos nos postos de saúde", afirmou o secretário.
Soranz disse que agora a atenção se volta também ao combate à gripe influenza.
Plano Estadual de Combate à Dengue
O governo tem feito monitoramento sobre os casos prováveis e tem trabalhado com as prefeituras do Estado no planejamento e combate à epidemia no Rio.
O Plano Estadual de Combate à Dengue determinou que dois mil profissionais de saúde fossem treinados para acelerar o diagnóstico e o tratamento.
Equipamentos foram enviados e 11 Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs) também foram ampliadas para facilitar nos atendimentos e diagnóstico de casos em todo os Estado.