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Saúde

Pílulas de insulina podem substituir injeções, aponta estudo

Cápsula injeta hormônio diretamente no intestino delgado e pode ser usada para administrar outros medicamentos, como as canetas

Imagem da noticia Pílulas de insulina podem substituir injeções, aponta estudo
nova cápsula pode substituir a necessidade de injeções de insulina e outros medicamentos | Candler Hobbs/Universidade da Geórgia
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Imagine poder tomar sua dose diária de insulina apenas em uma pílula. Isso está se tornando realidade graças a uma inovação criada por pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos EUA.

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A equipe de pesquisadores desenvolveu uma cápsula que, ao ser ingerida, injeta o medicamento diretamente no intestino delgado usando uma leve “explosão” interna.

Como funciona?

A cápsula é feita de um material gelatinoso comum, como o de muitos medicamentos já disponíveis. Dentro dela, uma reação entre água e bicarbonato de sódio cria uma pequena explosão pressurizada que libera o medicamento em alta velocidade. Essa “injeção a jato” consegue atravessar a barreira protetora do intestino e entregar o fármaco diretamente à corrente sanguínea.

Esse mecanismo evita que o remédio seja destruído pelas enzimas digestivas, aumentando muito sua eficácia em comparação com outros comprimidos orais, que muitas vezes desperdiçam até 99% do princípio ativo.

Para quais medicamentos serve?

Além da insulina, a cápsula também pode ser usada para administrar outros medicamentos injetáveis à base de proteína, como:

  • Semaglutida (principio ativo do Ozempic e Wegovy)
  • Hormônio do crescimento
  • Anticorpos terapêuticos

Esses medicamentos fazem parte de um mercado global de cerca de US$ 400 bilhões, e sua aplicação oral pode representar uma revolução no tratamento de doenças crônicas.

"Queríamos algo tão simples quanto engolir um comprimido, mas com o poder de uma injeção", explica o professor Mark Prausnitz, coordenador do estudo.

Quais são os próximos passos?

Os testes em laboratório com animais já mostraram que a cápsula é eficaz na redução do açúcar no sangue, de forma semelhante às injeções tradicionais. A próxima etapa é aumentar ainda mais a taxa de absorção do medicamento e testar outros fármacos injetáveis.

*Com informações do Futurity

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