Meghan Markle revela que teve pré-eclâmpsia durante a gravidez; entenda o que é
A cantora Lexa também foi diagnosticada com a condição, além de uma complicação decorrente chamada síndrome de HELLP

Wagner Lauria Jr.
Meghan Markle (Duquesa de Sussex), esposa do príncipe Harry, compartilhou nesta terça-feira (8) uma experiência delicada relacionada à maternidade. Ela contou ter enfrentado pré-eclâmpsia pós-parto. A condição se caracteriza por pressão alta e excesso de proteína na urina, e pode ocorrer até seis semanas após o parto, segundo a Cleveland Clinic. A declaração foi dada durante o episódio de estreia de seu novo podcast Confessions of a Female Founder.
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Aos 43 anos, a ex-atriz classificou a condição como “tão rara e assustadora”, destacando o impacto emocional e físico do quadro. Ela é mãe da princesa Lilibet de Sussex e do príncipe Archie de Sussex.
Em fevereiro, a cantora Lexa perdeu o bebê três dias após o parto e também teve pré-eclâmpsia, além de uma complicação grave decorrente da condição, chamada síndrome de HELLP (veja mais detalhes abaixo), que a levou a uma internação de 17 dias.
O que é pré-eclâmpsia?
A pré-eclâmpsia se dá quando o feto libera proteínas no organismo da mãe, provocando uma reação do sistema imunológico. Os vasos sanguíneos da mulher se contraem drasticamente, elevando a pressão arterial. Este é o principal sintoma, que precisa ser contido para que mãe e bebê sobrevivam, segundo o obstetra Rogério Guidone.
"Só é possível 'parar' a pré-eclâmpsia e evitar que evolua para a eclâmpsia, que é a forma mais grave da doença, com o parto", aponta o especialista.
Complicações e síndrome de HELPP
Uma das complicações pré-eclâmpsia é a síndrome de HELLP, que vem de um acrônimo em inglês que significa hemólise, elevação das enzimas hepáticas e baixa contagem de plaquetas: essas alterações podem levar ao comprometimento de órgãos como os rins e o fígado, que foi o que aconteceu com Lexa.
A artista, mesmo seguindo as recomendações médicas, como o uso de AAS e cálcio, teve uma evolução desfavorável do quadro pré-eclâmpsia, comprometendo seu fígado, rins e o fluxo sanguíneo da bebê. "Mais um dia e eu não estaria aqui para contar nem a minha história e nem a dela", disse.
Os fatores de atenção para pré-eclâmpsia, além de pressão alta crônica, incluem: primeira gestação, diabetes, gravidez depois dos 35 anos ou antes dos 18 anos, lúpus e obesidade, conforme o Ministério da Saúde,
Segundo diretrizes internacionais, considera-se hipertensão arterial igual ou acima de 140/90 mmHg. Os principais sintomas são inchaço, principalmente nas mãos e no rosto, além de ganho intenso e rápido de peso.
Importância de medir a pressão
Em entrevista ao SBT Brasil, a técnica em enfermagem Luana Rodrigues Colaneri disse que medir a pressão arterial tornou-se um hábito desde que teve pré-eclâmpsia na primeira gravidez, seis anos atrás, e o bebê não resistiu.
"Minha pressão estava altíssima e eu estava com muita tremedeira e mal-estar. Fizeram vários exames e aí que foi constatada pré-eclâmpsia", explica Luana.
A médica que a atendia não percebeu o perigo e dizia que os sintomas de inchaço eram normais, devido ao calor. A obstetra recomendou a ingestão de bastante água e observação do quadro.
Depois de perder o primeiro bebê, Luana engravidou de Isabela, hoje com 4 anos, e Lucas, de 5 meses.