Lexa anuncia morte da filha três dias após parto e agravamento de pré-eclâmpsia; entenda
Cantora revelou que sofreu síndrome de HELLP, uma complicação do quadro, e disse que agora busca um "novo rumo" para sua vida
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Wagner Lauria Jr.
A cantora Lexa anunciou nesta segunda-feira (10), por meio de suas redes sociais, que sua filha, Sofia, morreu no último dia 5 de fevereiro, três dias após o parto, na Maternidade de Santa Joana, em São Paulo.
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A menina, fruto de seu relacionamento com o ator Ricardo Vianna, nasceu prematura (de seis meses), em 2 de fevereiro. A cantora também revelou que sofreu pré-eclâmpsia e uma complicação grave decorrente da condição, chamada síndrome de HELLP (veja mais detalhes abaixo), que a levou a uma internação de 17 dias.
Na publicação, Lexa relembrou os momentos antes do nascimento de Sofia.
"Eu não conseguia dormir e você mexeu a noite toda, você sabia me acalmar como ninguém. Eu rezei tanto e implorei para que tudo desse certo, eu cantei para a barriga, fiz playlist de parto", escreveu em seu Instagram.
Durante esse período, passou por diversos procedimentos médicos, incluindo a administração de Clexane (medicamento injetável para evitar que o sangue coagule) e a coleta de mais de 100 tubos de sangue enquanto esteve na semi-intensiva e na UTI do Hospital Santa Joana.
Ainda em luto, a cantora afirmou estar buscando um novo sentido para sua vida após a perda.
Você é, foi e sempre será a minha Sosso. Sofia, te amarei eternamente minha filha amada, espero te honrar muito, eu sei que um dia vamos nos reencontrar em um lugar lindo. Espera que a mamãe vai te dar mais colo", disse
O que é pré-eclâmpsia, doença das gestantes?
A pré-eclâmpsia se dá quando o feto libera proteínas no organismo da mãe, provocando uma reação do sistema imunológico. Os vasos sanguíneos da mulher se contraem drasticamente, elevando a pressão arterial. Este é o principal sintoma, que precisa ser contido para que mãe e bebê sobrevivam, segundo o obstetra Rogério Guidone.
"Só é possível 'parar' a pré-eclâmpsia e evitar que evolua para a eclâmpsia, que é a forma mais grave da doença, com o parto", aponta o especialista.
Complicações e síndrome de HELPP
Uma das complicações pré-eclâmpsia é a síndrome de HELLP, que vem de um acrônimo em inglês que significa hemólise, elevação das enzimas hepáticas e baixa contagem de plaquetas: essas alterações podem levar ao comprometimento de órgãos como os rins e o fígado, que foi o que aconteceu com Lexa.
A artista, mesmo seguindo as recomendações médicas, como o uso de AAS e cálcio, teve uma evolução desfavorável do quadro pré-eclâmpsia, comprometendo seu fígado, rins e o fluxo sanguíneo da bebê. "Mais um dia e eu não estaria aqui para contar nem a minha história e nem a dela", disse.
Os fatores de atenção para pré-eclâmpsia, além de pressão alta crônica, incluem: primeira gestação, diabetes, gravidez depois dos 35 anos ou antes dos 18 anos, lúpus e obesidade, conforme o Ministério da Saúde,
Segundo diretrizes internacionais, considera-se hipertensão arterial igual ou acima de 140/90 mmHg. Os principais sintomas são inchaço, principalmente nas mãos e no rosto, além de ganho intenso e rápido de peso.
Importância de medir a pressão
Em entrevista ao SBT Brasil, a técnica em enfermagem Luana Rodrigues Colaneri disse que medir a pressão arterial tornou-se um hábito desde que teve pré-eclâmpsia na primeira gravidez, seis anos atrás, e o bebê não resistiu. "Minha pressão estava altíssima e eu estava com muita tremedeira e mal-estar. Fizeram vários exames e aí que foi constatada pré-eclâmpsia", explica Luana.
A médica que a atendia não percebeu o perigo e dizia que os sintomas de inchaço eram normais, devido ao calor. A obstetra recomendou a ingestão de bastante água e observação do quadro.
Depois de perder o primeiro bebê, Luana engravidou de Isabela, hoje com 4 anos, e Lucas, de 5 meses.