Febre amarela: Homem morre no interior paulista e Minas Gerais registra 1º caso fatal
Ao todo, São Paulo contabiliza cinco mortes em 2025 e doença também atinge cidades de Roraima e Tocantins; saiba como se prevenir
Wagner Lauria Jr.
Foram confirmadas, nesta terça-feira (4), mais duas mortes por febre amarela: uma em Amparo (SP) e outra em Extrema (MG), a primeira em território mineiro. As vítimas tinham, respectivamente, 27 e 21 anos.
Os óbitos foram informados pelas Secretárias de Saúde dos dois estados.
O aumento da circulação do vírus preocupa autoridades. No último domingo (2), o Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre a circulação do vírus da febre amarela no Brasil, com registros em 15 cidades de quatro estados: São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins.
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Casos foram identificados em humanos e em macacos, com o estado de São Paulo concentrando os casos fatais da doença em 2025, chegando a cinco mortes confirmadas pelo Ministério da Saúde. A vítima em Extrema, inclusive, morava em Bragança Paulista e trabalhava no município localizado no sul de Minas.
Cidades como Tuiuti, Socorro e Joanópolis, em São Paulo, e Camanducaia, em Minas Gerais, confirmaram casos humanos da doença. Já a presença do vírus em macacos foi registrada em municípios como Campinas e Ribeirão Preto (SP), além de Ipuiuna (MG), Alto Alegre (RR) e Palmas (TO).
O que é a febre amarela?
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda. A doença é causada por um vírus transmitido por mosquitos, e possui dois ciclos de transmissão (urbano e silvestre). No ciclo urbano, a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Ae. aegypti) infectados. No ciclo silvestre, os transmissores são mosquitos com hábitos predominantemente silvestres
Em casos graves, a pessoa infectada por febre amarela pode desenvolver alguns sintomas, como febre, icterícia, hemorragia e insuficiência de múltiplos órgãos. No geral, cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem febre amarela grave podem morrer.
De acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento da febre amarela é apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para reduzir as complicações e o risco de óbito.
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Como se prevenir?
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS) Ethel Maciel, aponta que a vacina é a principal ferramenta de prevenção da febre amarela. O imunizante, aplicado em uma dose, é ofertado no Sistema Único de Saúde (SUS). A vacina é recomendada para todas as pessoas, com exceção para:
- Crianças menores de 9 meses de idade;
- Mulheres amamentando crianças menores de 6 meses de idade;
- Pessoas com alergia grave ao ovo;
- Pessoas que vivem com HIV e que tem contagem de células CD4 menor que 350;
- Pessoas em de tratamento com quimioterapia/ radioterapia;
- Pessoas portadoras de doenças autoimunes;
- Pessoas submetidas a tratamento com imunossupressores (que diminuem a defesa do corpo).