Saúde

Exame desenvolvido por brasileiros alcança mais de 90% de precisão no diagnóstico do Alzheimer

Tecnologia pode substituir testes caros e invasivos, como o de líquor, e tem potencial para uso no SUS

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Um exame de sangue desenvolvido por pesquisadores brasileiros pode representar um avanço significativo no diagnóstico precoce do Alzheimer. Os testes realizados indicaram mais de 90% de precisão na identificação da doença.

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A descoberta é fruto de um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em parceria com cientistas dos Estados Unidos e da Suécia. As análises foram feitas com amostras de 59 pacientes atendidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Segundo o pesquisador Wagner Scheeren Brum, os participantes incluíam pacientes com diagnóstico clínico de Alzheimer, pessoas com demência vascular e indivíduos cognitivamente normais.

"Esses indivíduos foram avaliados clinicamente, realizaram exames de imagem e tiveram o líquor coletado, para que pudéssemos ter um método de referência", explica.

O exame de líquor, tradicionalmente usado para detectar a doença, é feito com a coleta de um fluido que circula entre o cérebro e a coluna vertebral, por meio de uma agulha inserida entre as vértebras — um procedimento considerado desconfortável.

No novo método, os pesquisadores analisaram as amostras de sangue em uma máquina capaz de medir com precisão proteínas associadas ao Alzheimer. Os resultados obtidos foram promissores.

"Em uma população de indivíduos com diagnóstico da doença, o exame teve uma acurácia similar à reportada em estudos europeus e norte-americanos, com mais de 90% para detectar alterações patológicas típicas do Alzheimer", afirma Wagner Brum.

O novo exame é considerado uma inovação importante, já que o diagnóstico atual depende de testes caros e invasivos. A expectativa dos pesquisadores é que, no futuro, a tecnologia seja adaptada para uso no SUS, reduzindo custos e acelerando o início do tratamento.

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta a memória, a comunicação e o comportamento. Entre os primeiros sintomas estão esquecimentos frequentes, desorientação em locais conhecidos e mudanças de personalidade.

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