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Saúde

ANS recomenda mamografia para mulheres a partir dos 40 anos

Medida considerou diagnóstico de câncer de mama cada vez mais cedo; incentivo é para realizar exame pela rede privada

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ANS recomenda mamografia para mulheres a partir dos 40 anos | Divulgação
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Foi em janeiro, aos 37 anos, que Walewska Gaita da Silva descobriu um câncer de mama enquanto fazia exames de rotina pelo plano de saúde. "Depois da mamografia e da ecografia, fui para as etapas de fazer biópsia, que confirmou que era um carcinoma in situ, que é um tipo de câncer que inicialmente ele não espalha", contou Walewska, analista de dados.

A cirurgia indicada foi a bilateral, ou seja, para retirada das duas mamas. Walewska faz parte do número cada vez maior de mulheres mais jovens diagnosticadas com câncer de mama. Atualmente, cerca de 44% dos casos são em brasileiras com menos de 50 anos.

Por isso, entidades médicas pediram à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) a ampliação da faixa etária para o rastreio mamográfico. Até então, os planos de saúde seguiam os mesmos critérios do SUS e do Ministério da Saúde, que não foram alterados: a recomendação na rede pública ainda é para mulheres entre 50 e 69 anos, sem sintomas.

O pedido de ampliação foi aceito pela ANS na semana passada, e agora mulheres a partir dos 40 anos serão incentivadas a fazer mamografias na rede privada. Após os cinquenta anos, os próprios planos de saúde devem tomar a iniciativa para convocar as pacientes.

"Um diagnóstico precoce, um rastreio precoce do câncer de mama faz com que você tenha a possibilidade muito maior de cura, um benefício social, individual, familiar importantíssimo, gastando muito menos recurso", afirmou Cássio Alves, diretor técnico da Abramge.

Boas práticas

A Agência Nacional de Saúde Suplementar ressaltou ainda que essa nova diretriz de rastreamento faz parte do Programa de Boas Práticas. Ou seja, se a orientação for aplicada, a empresa aumenta a certificação de qualidade que recebe, mas isso não altera os procedimentos que os planos de saúde são obrigados a custear.

"O Brasil é um dos países que tem mais casos abaixo de 40 anos. Tem o estudo Amazona 3, que é um estudo brasileiro que pegou 22 centros de diferentes partes do país, e 17% dos casos de câncer de mama no total estavam abaixo dos 40 anos. É uma população que nem entra nos programas de rastreamento", explicou Ivie Paula, presidente da Comissão de Mamografia do CBR.

"É muito importante que a gente tenha esse cuidado, e quanto antes a gente começar a investigar, melhor. Quanto mais inicial for a descoberta, melhor são as chances de tratamento", reforçou Walewska.

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