Saúde
Brasileiro passa a testar negativo para HIV após tratamento experimental
Pesquisa liderada por infectologista da Unifesp acrescenta dois potencializadores ao "coquetel" padrão
Guilherme Resck
• Atualizado em
Publicidade
Um brasileiro de 35 anos de idade que havia sido infectado pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) está há 17 meses sem testar positivo para o patógeno, depois que passou por um tratamento experimental. A informação foi revelada em apresentação para a 23ª Conferência Internacional da AIDS, na manhã desta terça-feira (07), pelo infectologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Ricardo Sobhie Diaz, que lidera uma pesquisa global por formas eficazes de curar pacientes com a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids).
+ Michelle Bolsonaro faz exame para Covid-19 após presidente testar positivo
O homem que aparenta estar curado da doença faz parte dos 30 voluntários incluídos nos experimentos da pesquisa. Antes de aderir aos ensaios clínicos, ele passou dois anos tomando os três antirretrovirais padrões para tratamento da Aids, que configuram o chamado "coquetel". Porém, quando entrou, acrescentou mais dois antirretrovirais à mistura, o dolutegravir e o maraviroc, além de dois potencializadores, que são a nicotinamida, uma forma da vitamina B3, e a auranofina, um antirreumático. No total, ele permaneceu 48 semanas nesse tratamento implementado pelos pesquisadores. Passado o período, retornou ao padrão de três remédios, no qual ficou mais três anos.
No início de 2019, então, ele interrompeu completamente o uso dos antirretrovirais e, mesmo assim, todos os testes posteriores até o momento não indicam mais a presença da carga viral. Por outro lado, em entrevista para a NAM Aidsmap, Andrea Savarino, membro do Instituto Nacional de Saúde Italiano (ISS), que também atua na pesquisa, informou que outros quatro pacientes submetidos ao mesmo tratamento experimental não obtiveram resultado similar.
+ Michelle Bolsonaro faz exame para Covid-19 após presidente testar positivo
O homem que aparenta estar curado da doença faz parte dos 30 voluntários incluídos nos experimentos da pesquisa. Antes de aderir aos ensaios clínicos, ele passou dois anos tomando os três antirretrovirais padrões para tratamento da Aids, que configuram o chamado "coquetel". Porém, quando entrou, acrescentou mais dois antirretrovirais à mistura, o dolutegravir e o maraviroc, além de dois potencializadores, que são a nicotinamida, uma forma da vitamina B3, e a auranofina, um antirreumático. No total, ele permaneceu 48 semanas nesse tratamento implementado pelos pesquisadores. Passado o período, retornou ao padrão de três remédios, no qual ficou mais três anos.
No início de 2019, então, ele interrompeu completamente o uso dos antirretrovirais e, mesmo assim, todos os testes posteriores até o momento não indicam mais a presença da carga viral. Por outro lado, em entrevista para a NAM Aidsmap, Andrea Savarino, membro do Instituto Nacional de Saúde Italiano (ISS), que também atua na pesquisa, informou que outros quatro pacientes submetidos ao mesmo tratamento experimental não obtiveram resultado similar.
Publicidade