Covid-19: nenhum estado do Brasil apresenta redução da transmissão da doença
Pesquisadores acreditam que o cenário pode configurar um platô, patamar alto de transmissão que "pode se prolongar indefinidamente"
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Uma análise feita por pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) aponta que nenhum estado brasileiro apresenta até agora sinais de redução da transmissão de Covid-19. O estudo foi divulgado nesta quinta-feira (25).
De acordo com os cientistas, esse cenário pode configurar um platô, patamar alto de transmissão que "pode se prolongar indefinidamente" com a flexibilização da quarentena.
"As medidas de relaxamento do isolamento social nas cidades maiores e nas capitais, sobretudo quando essas cidades apresentam comportamento ascendente das curvas de óbitos, representam um risco para o agravamento do impacto da epidemia, tanto devido ao aumento da possibilidade de difusão de casos para cidades do interior, quanto pela sobrecarga dos serviços de saúde que isso pode provocar nas capitais e cidades de maior porte. Um aumento mesmo que pequeno dos casos graves nas grandes cidades e nas capitais, somado ao aumento da demanda dos municípios do interior, configura um cenário delicado e que pode, em última análise, ocasionar o colapso no atendimento de saúde", explica a cartógrafa Mônica Magalhães.
A instituição ainda afirma que a "diminuição dos atendimentos de casos graves da doença deve ser um dos critérios para adotar medidas de relaxamento, mas não o único".
Pandemia no interior de SP
O interior de São Paulo superou a capital em número de mortes provocadas pela pandemia do novo coronavírus de um dia para o outro. Enquanto a cidade paulista registrou 6.675 óbitos desde o início da pandemia, o interior chegou a 6.677 vítimas nesta quarta-feira (24).
De acordo com os cientistas, esse cenário pode configurar um platô, patamar alto de transmissão que "pode se prolongar indefinidamente" com a flexibilização da quarentena.
"As medidas de relaxamento do isolamento social nas cidades maiores e nas capitais, sobretudo quando essas cidades apresentam comportamento ascendente das curvas de óbitos, representam um risco para o agravamento do impacto da epidemia, tanto devido ao aumento da possibilidade de difusão de casos para cidades do interior, quanto pela sobrecarga dos serviços de saúde que isso pode provocar nas capitais e cidades de maior porte. Um aumento mesmo que pequeno dos casos graves nas grandes cidades e nas capitais, somado ao aumento da demanda dos municípios do interior, configura um cenário delicado e que pode, em última análise, ocasionar o colapso no atendimento de saúde", explica a cartógrafa Mônica Magalhães.
A instituição ainda afirma que a "diminuição dos atendimentos de casos graves da doença deve ser um dos critérios para adotar medidas de relaxamento, mas não o único".
Pandemia no interior de SP
O interior de São Paulo superou a capital em número de mortes provocadas pela pandemia do novo coronavírus de um dia para o outro. Enquanto a cidade paulista registrou 6.675 óbitos desde o início da pandemia, o interior chegou a 6.677 vítimas nesta quarta-feira (24).
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