Publicidade
Jornalismo

PR: jovem denuncia ginecologista por importunação sexual

Caso ocorreu na Universidade Estadual de Londrina. Outras vítimas relataram situações semelhantes

Imagem da noticia PR: jovem denuncia ginecologista por importunação sexual
Imagem desfocada de pessoas circulando em universidade
• Atualizado em
Publicidade

Pelo menos dez mulheres relataram casos de importunação sexual cometidas por um ginecologista que atende no ambulatório da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Paraná. Uma das vítimas registrou boletim de ocorrência. 

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

Segundo a jovem de 22 anos, que se consultava pela primeira vez com um médico da especialidade, o ginecologista, de 65 anos e 39 atuando na área, falou que "homem gosta de pegar por trás". "Eu espero que ele não atenda nenhuma mulher. Tem meninas de 17 anos que acabaram de entrar na faculdade. Tire esse homem o mais rápido possivel dali", disse a vítima. 

A situação, de tão constrangedora, fez com que a jovem não se desse conta de que sofreu um crime sexual. Com o trauma, desabafou com um grupo de estudantes da universidade nas redes sociais. Naquele momento, outras nove mulheres relataram as mesmas situações.  

Entre elas, uma grávida afirmou que o abusador fez um exame de toque sem ela saber. O trauma deixou marcas: após o crime, nunca mais se consultou com homens ginecologistas. 

O caso foi denunciado no Conselho Regional de Medicina (CRM) e na ouvidoria da universidade. Ao fazer a denúncia, a jovem descobriu que o médico foi dispensado de um hospital na cidade, onde atuava como obstetra, por violência durante o parto. Com a nova denúncia, o homem pode responder por importunação sexual e pegar pena de um a cinco anos de prisão. 

Ainda que as vítimas desistam do processo por algum motivo , a Justiça deve levar os casos adiante. Em nota, a UEL afirmou que cabe à procuradoria jurídica levantar os fatos e levar o processo ao gabinete da reitoria e, depois ao conselho universitário, órgão maior do centro de ensino. A universidade ainda disse que a conduta do médico vai ser avaliada com base nos regimentos internos, e que reitera "o compromisso de zelar e difundir o respeito à dignidade humama", não compactuando com violências contra a mulher. 

O CRM do Paraná afirmou que não recebeu nenhum ofício e que, por isso, ainda não abriu procedimento para apurar o caso. Segundo o conselho, o médico está em situação regular e não foi registrada pena por infração ética anterior. 

VEJA TAMBÉM:

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade