Política

Único presidente confirmado, Lula chega à Colômbia para marcar posição sobre Venezuela

Presidente brasileiro deixou a COP em Belém para discursar em reunião esvaziada e defender a autonomia regional em meio à tensão entre EUA e Venezuela

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Lula deixou Belém em plena COP para fazer o bate-volta à Colômbia | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega na manhã deste domingo (9) a Santa Marta, na Colômbia, para participar da cúpula da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos) com a União Europeia.

O encontro, que começa às 10h (horário local), acontece praticamente sem chefes de Estado.

Além do colombiano Gustavo Petro, presidente da Celac e anfitrião do evento, apenas Lula participa como chefe de Estado. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, cancelou sua presença.

Estarão presentes Antonio Costa, presidente do Conselho Europeu, o primeiro-ministro da Jamaica, da Croácia, o da Finlândia, o dos Países Baixos, o de Portugal, além dos primeiros-ministros de Barbados e Belize, e o vice-presidente de Cuba.

Cerca de 60 delegações, representadas por ministros e chanceleres de países da América Latina, do Caribe e da União Europeia, também irão, mas não seus chefes de Estado. Entre elas, estão Venezuela, Cuba, Haiti, Barbados, Belize, República Tcheca, Espanha, Croácia, Finlândia, Países Baixos e Portugal.

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Lula deixou Belém às 7h, em plena COP, para fazer o bate-volta à Colômbia, decisão que evidencia o peso político que o tema ganhou para o Brasil. O encontro ocorre a poucos quilômetros do Mar do Caribe, região onde navios de guerra dos Estados Unidos foram posicionados nas últimas semanas, elevando as tensões com o governo de Nicolás Maduro.

Na sessão plenária, Lula deve defender o princípio da paz e da não intervenção, mas sem se alinhar diretamente a Caracas.

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Segundo fontes, o presidente quer marcar posição em defesa da soberania da América do Sul e da solução pacífica de controvérsias, evitando transformar o discurso em ato de solidariedade a Maduro.

O Brasil teme que uma escalada militar no Caribe provoque instabilidade na região e uma nova crise humanitária nas fronteiras. Para o governo, o papel do país é reafirmar a autonomia da América Latina diante das pressões externas e preservar o diálogo com todas as partes.

Após a plenária, Lula retorna a Belém para retomar sua participação na COP.

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