‘Quem inventa muito nome é porque não tem nenhum’, diz Lula sobre candidatura de Flávio Bolsonaro
Presidente afirma que diversidade de pré-candidatos da direita revela falta de unidade no campo oposicionista


Caio Aquino
com informações TV Alterosa
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (11) que a multiplicidade de nomes sendo apresentados pela direita para a eleição presidencial de 2026 é um sinal de falta de candidatos fortes, destacando especificamente a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Em entrevista à TV Alterosa, Lula declarou: “Quem inventa muito nome é porque não tem nenhum”, ao comentar a disputa interna no campo oposicionista.
Lula também comentou as especulações sobre possíveis adversários nas eleições de 2026, citando nomes que têm sido ventilados pela direita, como Ronaldo Caiado, Ratinho Júnior, Flávio Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro. Segundo ele, a variedade de possibilidades demonstra que a oposição ainda não definiu um candidato competitivo.
O senador Flávio Bolsonaro anunciou oficialmente sua pré-candidatura à Presidência no início deste mês, afirmando ter sido escolhido por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, para dar continuidade ao movimento político bolsonarista nas eleições do próximo ano.
A fala de Lula ocorre em meio a um cenário político em que sua pré-candidatura à reeleição em 2026 já está consolidada e, segundo pesquisas recentes, ele lidera as intenções de voto em cenários com Flávio como principal concorrente do campo bolsonarista. Em uma simulação divulgada pelo Ipsos-Ipec, Lula aparece com 38% das intenções de voto e Flávio com 19%.
Ao defender sua gestão, Lula ressaltou que o governo levou dois anos para “reconstruir” o país após períodos de crise institucional e econômica. Ele citou conquistas como a redução da inflação, o aumento real da massa salarial, a queda do desemprego e a implementação de programas sociais e de auxílio à população de baixa renda, como a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais.
O presidente também mencionou obras retomadas e políticas públicas, como o programa “Luz do Povo” e o “Gás do Povo”, além de investimentos habitacionais e incentivo a pequenas empresas. Segundo ele, esses avanços representam “a melhor política de inclusão social que esse país já teve”.
Covid na gestão Bolsonaro
Por fim, Lula disse que o Brasil não deu certo na mão de ninguém (a não ser a dele) e que no mandato de Jair Bolsonaro o país foi “abandonado”. O presidente atribuiu esse abandono às 700 mil mortes durante a pandemia da COVID-19 e afirmou que o Brasil teria evitado dois terços dessas perdas de tivesse um líder responsável.









