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Política

PT espera 2,9 milhões de filiados para eleição neste domingo

Partido dos Trabalhadores define novo presidente nacional em meio às discussões sobre as eleições de 2026 e uma era pós-Lula

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Debate entre candidatos à presidência do PT (Divulgação)
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O Partido dos Trabalhadores (PT) realiza, neste domingo (6), eleições internas para a escolha dos novos presidentes nacional, estaduais e municipais, além da composição das direções em todos os níveis.

Ao todo, 2.959.823 filiados à sigla estão aptos a votar no Processo de Eleições Diretas (PED), que definirá os rumos da legenda para os próximos quatro anos em meio às discussões sobre as eleições de 2026 e uma era pós-Lula.

+ Lula fala sobre 2026: “Brasil terá, pela primeira vez, um presidente eleito quatro vezes”

A votação ocorrerá das 9h às 17h, conforme o horário de cada região, em diretórios municipais de todo o país. Filiados residentes no exterior também poderão votar para a chapa e presidência nacional. Se necessário, um segundo turno será realizado em 20 de julho.

O PED 2025 marca a retomada do modelo de eleição direta e presencial para escolha das lideranças em todas as instâncias, após duas edições nas quais o partido optou por votação híbrida.

Além disso, consolida a aplicação das regras de paridade de gênero (50% homens e 50% mulheres), cotas étnico-raciais (mínimo de 20% de negros e indígenas) e cota geracional (20% de jovens com menos de 30 anos) na composição das direções e delegações.

Quatro candidatos concorrem à presidência nacional do PT, cargo máximo do partido:

  • Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara e ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Dilma Rousseff. Ele tem o apoio do presidente Lula, sendo considerado o favorito para vencer a disputa.
  • Rui Falcão, deputado federal e ex-presidente do PT (2011-2017).
  • Valter Pomar, historiador e dirigente nacional do PT.
  • Romênio Pereira, um dos fundadores do PT e atual secretário de Relações Internacionais da sigla.

O novo presidente terá a missão de conduzir o PT para a sucessão interna e organizar a legenda para as eleições municipais e presidencial de 2026, além de iniciar debates sobre o futuro da sigla.

Nas duas últimas eleições, em 2017 e 2019, a deputada Gleisi Hoffmann foi eleita e reeleita presidente do PT, com apoio de Lula, em votação híbrida. Ela deixou o cargo para assumir a função de ministra da Secretaria de Relações Institucionais em março. Desde então, o senador Humberto Costa (PE) exerce a presidência interina do partido.

Como funciona a votação para presidente do PT

A eleição para a presidência ocorre em votação separada da escolha das chapas. Cada filiado vota diretamente em seu candidato preferido. Se nenhum deles alcançar mais de 50% dos votos válidos, haverá segundo turno entre os dois mais votados.

Diretório Nacional

Além do presidente, os filiados votam nas chapas nacionais, que compõem o Diretório Nacional, órgão colegiado responsável pelas decisões estratégicas do partido. Há oito chapas inscritas este ano:

  • Por um Partido Democrático e Militante com Edinho e Lula!;
  • Derrotar a Extrema-Direita e Avançar na Construção de um Novo Brasil;
  • Muda PT, Lutar é o Caminho. Lula 2026!;
  • Campo Popular;
  • Somos Todos PT em Movimento;
  • A Esperança é Vermelha;
  • Diálogo e Ação Petista – Virar à Esquerda;
  • Lula, PT e Resistência Socialista: Lutar contra a Desigualdade e pela Democracia.

As chapas são formadas por lideranças de diversos estados e correntes internas.

A distribuição das vagas no Diretório Nacional (90 cadeiras além da presidência, presidência de honra e dos líderes da bancada na Câmara e no Senado) obedece ao sistema proporcional, garantindo pluralidade de representação.

Cada chapa precisa inscrever filiados de pelo menos nove estados diferentes.

Eleição para diretórios estaduais e municipais

Nos estados e municípios, o processo é semelhante: os filiados votam tanto nas chapas para compor os diretórios quanto em seus candidatos a presidente estadual ou municipal.

A eleição para a presidência nesses níveis também é feita em votação separada, no mesmo modelo adotado para a presidência nacional.

Cada diretório local terá seu próprio presidente eleito, responsável por comandar o partido em sua região, coordenar campanhas e articular a execução das estratégias definidas pela direção nacional.

O número de membros dos diretórios varia conforme o tamanho do eleitorado em cada localidade, e os mandatos também terão duração de quatro anos.

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