“População não aguenta mais impostos”, dizem deputados do União Brasil ao explicar derrubada do IOF
Danilo Forte (CE) e Pauderney Avelino (AM) cobram corte de gastos por parte do governo Lula para equilibrar contas públicas

Jessica Cardoso
Gabriela Tunes
Os deputados federais Danilo Forte (CE) e Pauderney Avelino (AM), do União Brasil, afirmaram ao SBT News que a derrubada do decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pelo Congresso Nacional foi uma resposta à insatisfação popular com o aumento da carga tributária no Brasil.
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“O que se viu na noite de ontem foi uma resposta do Congresso Nacional dizendo: ‘chega de aumentar impostos’”, afirmou Avelino.
Segundo ele, o decreto foi editado pelo governo Lula sem debate com lideranças do Legislativo e representava um aumento de carga tributária para uma população já pressionada economicamente.
“O União Brasil deu a totalidade de votos para a rejeição deste decreto governamental porque tomamos a decisão de não aumentar mais impostos para a população”, disse.
Para o deputado Danilo Forte, o aumento do IOF colocaria mais peso sobre setores que já enfrentam dificuldades para operar diante de juros altos e inflação.
“A sobrecarga sobre o trabalhador está muito grande. É no supermercado, nas tarifas escolares, nas passagens de ônibus, na roupa, na alimentação. Tudo subindo. E os salários no nível muito baixo [...] Está inviável fazer negócio no Brasil hoje”, disse.
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Forte também criticou a política fiscal do governo, citando o descompasso entre arrecadação e despesas.
“No ano passado, houve um aumento de arrecadação de quase 10%, mas a despesa subiu 14%”, declarou.
Ambos os deputados defenderam que o governo foque em reduzir gastos, em vez de recorrer a novos aumentos de impostos.
“O governo vai ter que buscar outras alternativas, como cortar gastos, para resolver a sua questão de financiamento”, avaliou Avelino.