Peixes-bois nascem em centro de preservação após 5 anos sem nascimentos registrados
Quatro filhotes foram registrados e outras três fêmeas estão prenhas; centro é financiado pela Eletrobras

Rafael Corrieri
O Centro de Preservação e Pesquisa de Mamíferos e Quelônios Aquáticos (CPPMQA) registrou o nascimento de quatro filhotes de peixe-boi-da-Amazônia. A espécie está ameaçada de extinção. O Centro estava há cinco anos sem registrar o nascimento de animais da espécie. Além dos recém nascidos, outras três fêmeas estão grávidas e são monitoradas.
O CPPMQA é mantido pela Eletrobras desde 1985. Em 2024, a empresa investiu R$ 269 milhões para desenvolver ações e projetos ambientais, incluindo a preservação de 92 espécies ameaçadas.
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"A Eletrobras é signatária de compromissos para a proteção da biodiversidade e temos uma Política de Sustentabilidade que orienta as ações da companhia em prol do meio ambiente. Esse ano já nasceram quatro filhotes e outros três estão a caminho”, afirma Camila Gualda, vice-presidente de Governança e Sustentabilidade da empresa.
O Centro fica localizado no município Presidente Figueiredo, no Amazonas. Atualmente, 46 peixes-bois vivem na região. O processo de preservação da população de peixes-bois contou com uma ação inédita cinco animais da espécie foram soltos na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã (AM), em 2024. A ação foi uma parceria da Eletrobras com a Associação Amigos do Peixe-boi (AMPA).
“O trabalho que fazemos aqui permite a continuidade da existência deles e do equilíbrio do ecossistema amazônico. Esses animais se alimentam de plantas aquáticas, ajudam a controlar a vegetação e a preservar a qualidade da água dos nossos rios e lagos. São fundamentais para a saúde do ecossistema aquático”, disse Katriana de Freitas Ossami, gerente de Gestão de Condicionantes da Eletrobras na Região Norte.
Tartarugas
Em 2025, o CPPMQA registrou o nascimento de 3.800 filhotes de tartarugas-da-Amazônia e tracajás, uma espécia de tartaruga, nas praias artificiais do Centro. Os animais que correm risco de extinção foram soltos na natureza. O trabalho é realizado com a parceria da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e com as comunidades ribeirinhas da região. Contando os esforços de todos os parceiros o número de tartarugas filhotes soltas na natureza foi de 7.900.