Padilha se reúne com presidente do Congresso após ato sobre desoneração dos municípios
Almoço foi marcado depois que Pacheco decidiu tornar sem efeito parte de MP editada pelo Planalto
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O ministro-chefe de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido - AP), estão organizando um almoço para a próxima segunda-feira (8) com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O encontro deve acontecer na residência oficial da presidência do Senado. O objetivo é aparar as arestas na relação entre o governo e Pacheco. Apesar de publicamente ministros de Lula e o próprio Pacheco terem negado qualquer tipo de atrito, auxiliares palacianos ficaram incomodados com a decisão de Pacheco que desonera as prefeituras com até 156 mil habitantes.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, ponderou que Pacheco sinalizou, na semana passada, que faria algo diante da pressão dos prefeitos, mas não deixou claro qual seria o ato dele. “Eu não vou, eu não tenho como, eu não cheguei a detalhar com ele [Pacheco] sobre as razões que o motivaram. Agora, assim, só para ficar claro, ele chegou a antecipar aspectos da decisão na conversa conosco, na semana que antecedeu, na reunião que teve comigo com o líder Wagner e com o ministro Padilha. Só que nós também não entendemos qual era a amplitude da ação”, ressaltou Randolfe em entrevista ao SBT News.
O ato assinado, na segunda-feira, tornou sem efeito parte da Medida Provisória (MP) publicada pelo Planalto, em dezembro do ano passado, e que previa que as prefeituras paguem 20% de contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento dos servidores e não 8%, alíquota prevista em projeto aprovado pelo Congresso no ano passado.
Pacheco alegou insegurança jurídica para as prefeituras, no entanto, o Planalto queria mais tempo para tratar do tema e integrantes do governo se surpreenderam com o ato do presidente do Congresso. A avaliação é que Pacheco desconfigurou o texto da Medida Provisória que o governo não abre mão de debater com deputados e senadores a partir da semana que vem. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confidenciou que não esperava esse tipo de decisão, porque o governo terá que abrir mão de mais de R$ 10 bilhões de receita.
Além de Padilha e Randolfe, o senador Jaques Wagner, que é líder do governo no Senado, também deve participar do almoço e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também deve ser convidado.