Política

Nova reunião técnica entre Brasil e EUA ainda não tem data e prioridade é eliminar taxas de 40%, diz Alckmin

Vice-presidente e ministro da Indústria afirma que reaproximação política entre Lula e Trump abre espaço para avanço em temas tarifários e não tarifários

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Vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB) | Divulgação/Virendra Singh/VPR
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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta segunda-feira (27) que o governo brasileiro quer agora avançar na parte técnica e estabelecer uma agenda de trabalho com os Estados Unidos, após o encontro entre o presidente Lula (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ainda não há data para novas reuniões.

"O mais importante já foi feito, que foi o passo político, e feito com sucesso. Agora, é necessário avançar nas questões técnicas: tributárias, não tarifárias, oportunidades de investimento no Brasil e nos Estados Unidos. Acredito que esse foi o ponto de partida para avançarmos no aspecto técnico", disse Alckmin.

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Segundo ele, a prioridade do governo é eliminar as tarifas de até 40% aplicadas sobre parte das exportações brasileiras para o mercado americano, especialmente nos setores da indústria e do agronegócio.

"Dos US$ 40 bilhões exportados no ano passado, 42% correspondem a produtos com tarifa zero ou de 10%. Mas 34% enfrentam alíquotas de 10% a 40%, o que prejudica fortemente esses segmentos. Essa é a prioridade: reduzir essa alíquota. O mais breve possível", detalhou Alckmin.

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Data centers

Além das tarifas, o vice-presidente destacou que há questões não tarifárias em discussão, como a regulamentação para atração de data centers ao Brasil. Ele lembrou que a medida provisória (MP) do Redata, que tramita no Congresso, é vista como fundamental para atrair investimentos estrangeiros em um momento em que o mundo todo enfrenta escassez de energia.

"O Brasil tem o que o mundo procura: energia abundante e renovável. É uma vantagem competitiva para receber esses investimentos", afirmou.

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Como ainda não há data marcada para o próximo encontro técnico, Alckmin avaliou que a reaproximação entre Lula e Trump representa o passo fundamental para destravar as negociações.

"Iniciamos uma etapa importante, mas o passo essencial foi a reaproximação política entre duas das maiores democracias do Ocidente: Brasil e Estados Unidos."
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